O Grupo Casas Bahia (BHIA3) reportou um lucro de R$ 37 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo, assim, o prejuízo de R$ 492 milhões registrado no segundo trimestre do ano passado.
O resultado do lucro foi impulsionado, principalmente, pelo recuo de 94,8% no resultado líquido financeiro, que ficou negativo em R$ 42 milhões, ante ao resultado negativo de R$ 801 milhões apresentado um ano antes.
A receitas da Casas Bahia (BHIA3) somaram R$ 6,48 bilhões, queda de 13,5% na comparação anual.
O Ebtida (lucro antes dos juros, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 452 milhões, recuo anual de 3,5%. Já a margem Ebitda ajustada avançou 0,7 ponto percentual, para 7%.
Ao fim de março, a dívida bruta da companhia era de R$ 3,87 bilhões, frente à dívida de R$ 4 bilhões reportada um ano antes.
Nos três meses encerrados em junho, foram fechadas três lojas, todas da bandeira Casas Bahia, totalizando 1.073 estabelecimentos ao fim do período. O volume bruto de mercadorias (GMV) apresentou redução anual de 11,8%, para R$ 9,71 bilhões.
Safra revisa recomendações para Magazine (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3)
O banco Safra revisou as recomendações para as varejistas Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), após incorporar os resultados recentes das empresas e novas premissas.
O Safra elevou a recomendação da Magazine (MGLU) de “neutra” para “compra”, com o preço-alvo de R$ 18,50, justificada pelos bons frutos em relação à geração de caixa da companhia.
Já o grupo Casas Bahia (BHIA3) teve a sua recomendação reduzida de “compra” para “neutra”, com preço-alvo de R$ 7, devido ao alto nível de alavancagem financeira da empresa, que, segundo o banco, seguirá prejudicando os resultados.
“Reconhecemos os esforços da nova gestão e os resultados iniciais do plano de recuperação com: (i) fechamento de 57 lojas não lucrativas; (ii) migração de 23 categorias de 1P [estoque próprio] para 3P [marketplace]; (iii) reperfilamento da dívida, que reduzirá o desembolso de caixa em R$ 3,1 bilhões até 2026 e (iv) melhoria de capital devido a uma redução de estoque de cerca de 30 dias”, avaliaram os analistas.