A controlada da CCR (CCRO3), ViaCosteira está preparando uma oferta de R$ 300 milhões em debêntures com prazo de três anos.
A empresa é responsável pela operação do trecho Sul da BR-101, em Santa Catarina, e é sua primeira vez emitindo títulos desse tipo. O dinheiro servirá para investimentos e para reforço de caixa, conforme a empresa.
O Conselho de Administração da CCR aprovou a operação nesta terça-feira (17). As debêntures, que terão valor nominal unitário de R$ 1.000,00.
Essa emissão também terá garantia fidejussória e prevê a possibilidade de resgate antecipado conforme as condições estabelecidas na escritura.
CCR (CCRO3): Goldman rebaixa com alta limitada e desaceleração do Ebitda
Embora considere a CCR (CCRO3) uma empresa de alta qualidade, o Goldman Sachs rebaixou sua recomendação para a ação de neutro para venda, devido à percepção de um potencial de valorização limitado para o papel.
O preço-alvo é de R$ 13,60, o que representa um upside (potencial de alta) de 0,8% frente a cotação de fechamento da última sexta-feira (6) de R$ 13,49. Com isso, ás 11h42 (horário de Brasília) desta segunda-feira (9), os ativos caíam 1,78%, a R$ 13,25.
O banco americano também enxerga um baixo potencial de criação de valor a partir de novos projetos, refletindo o vasto portfólio da empresa e a concorrência intensa no setor de rodovias com pedágio.
Nesse cenário, o Goldman Sachs estima que cada R$ 10 bilhões investidos em leilões geraria um valor presente líquido (VPL) de apenas 4% do valor de mercado da empresa. Com base no pipeline de leilões previstos pelo governo, o capex médio por projeto é de aproximadamente R$ 5 bilhões.
Em outras palavras, a CCR provavelmente precisaria assegurar vários projetos para gerar valor significativo, ao mesmo tempo em que enfrenta concorrência por esses ativos.
A análise também indica uma desaceleração no crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), atribuída à maturidade do portfólio e à escassez de novos projetos.
Analisando o setor, o Goldman Sachs reafirmou sua preferência pelos aeroportos mexicanos, classificando todos os nomes sob sua cobertura como compra, devido à combinação de forte crescimento dos lucros e retornos mais elevados.