balanço trimestral

CCR (CCRO3) lucra R$ 411 mi no 2TRI24, avanço anual de 102,1%

O lucro líquido atribuído aos acionistas, porém, expressou uma queda de 0,85% em comparação com o 2TRI23

Foto: CCR AutoBAn - entroncamento Anhanguera-Bandeirantes / Divulgação
Foto: CCR AutoBAn - entroncamento Anhanguera-Bandeirantes / Divulgação

O lucro líquido ajustado da CCR (CCRO3) no segundo trimestre deste ano alcançou R$ 411 milhões, representando um aumento de 102,1% em comparação com o ano anterior.

Porém, o lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa do setor de rodovias foi de R$ 268 milhões no mesmo período, uma queda de 0,85% em relação ao mesmo período de 2023. 

A receita de venda de serviços somou R$ 5,3 bilhões no 2TRI24, outro crescimento de 35,4% na base de comparação anual.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado fechou o intervalo em R$ 2 bilhões, uma alta de 14,4% quando comparado ao 2TRI23.

As obras da ViaOeste são vistas com um dos principais efeitos não recorrentes excluídos deste resultado, visto que não geram benefícios econômicos futuros. 

Além disso, houve um reequilíbrio contratual da Aeris (subsidiária de aeroportos na Costa Rica), que afetou os resultados da CCR no 2TRI23, de acordo com o “Valor”.

O tráfego nas rodovias onde a CCR opera aumentou cerca de 3,8%, com o total de 294,5 milhões de veículos equivalentes.

 O número de passageiros transportados, nas linhas de mobilidade urbana, cresceu 7,8%, somando 191 milhões de passageiros.

Alinha a isso, nos aeroportos, o movimento aumentou em 9,3%, também na base anual, com o registro de 4,7 milhões de passageiros.

A alavancagem financeira do grupo, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 3,1 vezes, comparada a 3 vezes no mesmo trimestre de 2023.

CCR (CCRO3) capta R$ 10,75 bi com BNDES para obras na Rio-SP

CCR (CCRO3) anunciou, nesta sexta-feira (19), um empréstimo de R$ 10,75 bilhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as obras da concessão RioSP, que incluem a rodovia Dutra e a BR-101 entre São Paulo e Rio de Janeiro.

O empréstimo inclui uma emissão de debêntures incentivadas de R$ 9,41 bilhões, a maior operaçao de títulos incentivados já realizada no país, segundo o banco.

Segundo o presidente da CCR, Miguel Setas, a operação, como foi estruturada, dá segurança aos investimentos de R$ 15,5 bilhões previstos no contrato e permite que a alavancagem financeira não seja tão impactada.

Isso garante espaço no balanço para novos projetos, como os novos leilões de rodovias paulistas e as negociações para ampliação dos contratos de mobilidade urbana em SP.

O vencimento das debêntures é de longo prazo. As duas primeiras séries têm vencimento em 23 anos e taxa de IPCA + 6,90% ao ano. A linha do Finem vence em 22 anos e tem custo de IPCA + 8,68% ao ano.

“É uma solução que nos dá visibilidade sobre as condições de financiamento de longo prazo”, afirmou Setas.