Ao passo que os ativos de bancos públicos seguem o movimento dos títulos públicos, as taxas dos CDBs (Créditos de Depósitos Bancários) prefixados permanecem em alta. Um levantamento da Quantum Finance apontou que, entre 5 e 19 de junho, a remuneração dessa categoria, desde a emissão, chegou a 13,70% ao ano, cerca de 1,14% ao mês, segundo o “InfoMoney”.
O resultado o balanço pode ser comparado com pesquisa anterior, do período entre 21 de maio e 4 de junho. Por conta dos juros mais altos nos prazos mais longos, os prefixados de 36 meses, agora, pagam, em média, 12,40% ao ano, frente aos 11,94% no levantamento anterior.
Enquanto isso, outro avanço registrado foi na taxa média dos papéis de 24 meses, que subiu 10,79% para 11,32%, segundo o veículo de notícias.
Confira o retorno dos CDBs prefixados entre 05 e 19 de junho:
Prazos em meses | Taxa mínima |
3 | 11,75% |
6 | 9,70% |
12 | 10,35% |
24 | 10,90% |
35 | 11,65% |
Categoria dos pós-fixados
As taxas dos CDBs pós-fixados enfrentaram uma queda em 4 dos 5 vencimentos, conforme o levantamento. Isto por conta da perspectiva de alta da Selic (taxa básica de juros) por mais tempo.
A taxa média dos pós-fixados de 12 meses saiu de 100,86% do CDI para 98,83%, sendo o destaque da categoria. Equanto isso, a remuneração média dos CDBs pós-fixados de 24 meses caiu de 103,44% do CDI para 102,22%.
Juros: manutenção da Selic renova preferência por renda fixa
Atualmente, investir em renda fixa parece ser uma escolha óbvia para muitos investidores. Os títulos públicos oferecem juros atrativos, e os papéis de crédito privado geram rentabilidade de acordo com o risco do investimento.
A manutenção da Selic (taxa básica de juros) em 10,50% ao ano e o receio do mercado com a política fiscal brasileira geraram um novo fôlego para a renda fixa.
“A taxa de juros real do Brasil está muito alta, então, para os investidores conservadores, vale a pena investir em títulos públicos”, disse, de acordo com o “InfoMoney”, o CEO da Ouro Preto Investimentos, João Baptista Peixoto Neto.
Neto também destaca a oportunidade em títulos como debêntures incentivadas, CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e ativos bancários.
“Com mais risco, o retorno até 30% maior do crédito privado no longo prazo fará toda a diferença em relação aos títulos públicos”, afirmou Neto.