Privatização x Federalização

Cemig (CMIG4): presidente do conselho defende privatização

Márcio Luiz Simões Utsch destacou que essa era a intenção do governador do estado, Romeu Zema

Cemig
Foto: Divulgação

O presidente do conselho de administração da Cemig (Companhia Energética de Minas Geral) (CMIG4), Márcio Luiz Simões Utsch, defendeu, nesta terça-feira (20), a privatização da empresa.

Segundo Utsch, o governo de Minas Gerais deveria “ir atrás” da privatização para destravar valor para a empresa.

O presidente do conselho da Cemig (CMIG4) destacou ainda que essa era a intenção do governador do estado, Romeu Zema (Novo), para o primeiro mandato e para o atual.

“Ele já falou isso várias vezes, e nós que estamos na Cemig concordamos com ele, se não concordássemos não estaríamos lá… Se não quero (privatizar) e estou lá, o que estou fazendo? Estou perdendo meu tempo. Nós queremos também, achamos que é uma boa saída”, disse o executivo.

Em conversas recentes sobre federalização da Cemig (CMIG4) no âmbito da renegociação da dívida do Estado, Zema chegou a dar declarações à imprensa indicando interesse em repassar à União o controle de algumas estatais mineiras, incluindo a companhia energética.

Cemig (CMIG4): dividendos em 2024 serão ‘impressionantes’ diz BTG

Em relatório após o balanço e o anúncio de dividendos da Cemig (CMIG4), analistas do BTG Pactual (BPAC11) reiteraram o otimismo com a empresa.

A recomendação da casa é neutra para os papéis da Cemig (CMIG4), com preço-alvo de R$ 11,00, inferior à cotação atual das ações, que está em torno de R$ 12,00.

O BTG destacou que os dividendos da Cemig foram o grande destaque, ofuscando o balanço trimestral da companhia.

“A companhia anunciou um dividendo extraordinário de R$ 1,42 bilhão relacionado a reservas de dividendos não distribuídas, resultando em um dividend yield de 4,5%. Quando combinados com os R$ 816 milhões anunciados anteriormente em juros sobre capital próprio (JCP), os dividendos do primeiro semestre somam R$ 2,24 bilhões, ou um yield de 7,4%”, disseram analistas do BTG, de acordo com o “Suno”.

“Além disso, a empresa anunciou a conclusão da venda da Aliança Energia, que deve impactar positivamente o lucro líquido do terceiro trimestre, com um ganho de R$ 1,1 bilhão. Em outras palavras, o forte lucro líquido do semestre, de R$ 2,84 bilhões, combinado com o ganho do desinvestimento da Aliança Energia, deve levar a um lucro líquido anual de cerca de R$ 6,1 bilhões”, completou a casa.