Uma nova leva dos proventos aprovados no exercícios de 2023 será distribuída pela Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais – (CMIG4) nos formatos de dividendos e JCP (Juros de Capital Próprio).
O pagamento será feito no valor total de R$ 1,6 bilhão aos acionistas que estiverem posicionados nas datas-base da Cemig até a sessão limite. O pagamento será realizado na próxima sexta-feira (27).
A empresa divulgou uma tabela onde constam os valores por ação ordinária da Cemig (CMIG3) e preferencial CMIG4.
Mais detalhes sobre o pagamento de proventos da Cemig (CMIG4)
Provento | Data-base | Valor por ação ON/PN (R$) |
JCP | 14/12/2023 | 0,300510398 |
JCP | 20/09/2023 | 0,094971448 |
JCP | 20/06/2023 | 0,096953702 |
JCP | 22/03/2023 | 0,096392018 |
Dividendos | 29/04/2024 | 0,121134301 |
XP sobre privatização da empresa: ‘não acredite em euforia’
Conforme avaliação da equipe da XP Investimentos, os projetos de lei para viabilizar a privatização da Copasa (CSMG3) e da Cemig (CMIG4) têm poucas chances de serem aprovados na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais). Isto porque a relação entre o governo de Romeu Zema (Novo) e o Legislativo estadual é tensa.
A XP, em relatório intitulado “Cemig: Não acredite na euforia”, argumentou que os PLs têm pouco tempo para avaliação, pois nas eleições estaduais e federal ocorrerá no segundo semestre de 2026, tornando qualquer privatização mais difícil de implementar.
Outro fator de dificuldade para privatizações é a própria constituição de Minas Gerais. Pela legislação local, é exigido a aprovação da ALMG, além de um referendo antes de qualquer tentativa de privatização.
A XP ressaltou que a única forma de mudar a situação seria com 60% dos votos da Assembleia para alterar a constituição, o que seria difícil de acontecer considerando a relação entre a ALMG e Zema.
No caso da Copasa, o projeto de lei ainda determina uma autorização para alteração dos contratos com municípios, estendendo o período de concessão da empresa, ou seu propósito, e para incorporar a subsidiária Copanor, que opera concessões no norte do Estado, destacou o banco, segundo o “Valor”.
Para a XP, a privatização da Copasa se bateu com outra dificuldade diante dessa situação, porque os municípios que a empresa atende, incluindo a capital Belo Horizonte, devem concordar com uma solução comum para as concessões, o que pode ser um processo demorado.
No relatório, a XP ainda citou um paralelo com a privatização da Sabesp (SBSP3), em São Paulo, que ocorreu em curto período porque teve aprovação da assembleia estadual, junto com um acordo com todos os municípios atendidos.