O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira (18) que, no momento, não há indícios de que a guerra entre Israel e o Hamas tenha interferido no preço dos combustíveis no Brasil. Apesar disso, caso o conflito se alastre, será a “tempestade perfeita” no mercado de petróleo e gás.
Prates reconheceu que o conflito já apresentou um impacto inicial no preço do petróleo, mas que houve uma estabilização após alguns dias.
De acordo com o presidente da Petrobras, a cotação do petróleo está alta, “mas não tem, necessariamente, a ver com esse conflito em si. Já tinha uma inflação estrutural acontecendo.”
Além disso, Prates disse que, das conversas que tem tido com representantes da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a intenção é procurar uma solução pacífica para a guerra e evitar uma expansão para o restante do Oriente Médio.
“O preço do petróleo já está afetado, piorar mais a guerra é a tempestade perfeita”, comentou.
O presidente da Petrobras se reuniu nesta quarta-feira com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais.
Abicom diz que defasagem do preço do diesel subiu para 17%
A Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) informou na segunda-feira (16) que a defasagem do preço do diesel cobrado pela Petrobras nas refinarias em relação ao mercado internacional disparou para 17% na sexta-feira (13).
Em média, o diesel está com uma defasagem de 15% no Brasil, levando em conta os preços das refinarias privadas. Na Refinaria de Mataripe, o combustível está com o preço 7% abaixo do mercado internacional.
Já o preço da gasolina continua alinhado com o mercado externo em todas as refinarias brasileiras, com uma leve diferença para baixo, de 1%.
“Apesar da estabilidade no câmbio, os preços de referência da gasolina e do óleo apresentaram valorização no mercado internacional no fechamento de sexta, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e tecnicamente na paridade para gasolina”, afirmou a Abicom.