ESG nos negócios

CEO do Bradesco defende relevância do mercado de carbono no Brasil

Noronha apontou também os desafios do mercado, ressaltando a relevância de sua regulação

Foto: BP Money - Sophia Bernardes
Foto: BP Money - Sophia Bernardes

Diante das preocupações e dificuldades das alterações climáticas, o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, defendeu, durante evento da Febraban Tech 2024, nesta terça-feira (25), a popularização do mercado de crédito de carbono no Brasil

O crédito de carbono é um mecanismo monetário que representa a redução de uma tonelada métrica de dióxido de carbono equivalente (CO2e) ou sua remoção da atmosfera. 

O CEO fez parte da mesa composta por presidentes de grandes bancos, que destacaram o avanço da IA e as práticas ESG como benefícios para a sociedade e os negócios. O debate contou com a cobertura do BP Money.

Na ocasião, que reunia as lideranças do Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander e BTG Pactual, Noronha apontou também os desafios do mercado, ressaltando a relevância de sua regulação. 

“Estamos engrenados em uma regulamentação que não é tão favorável assim do ponto de vista tecnológico, é um tema super sensível, trabalhamos bem com controle de riscos”, disse o CEO do Bradesco.

Atualmente há duas formas de induzir o mercado regulado de carbono nos países. Na primeira, destaca-se o crédito de carbono, e na segunda o carbon tax, que seria o imposto de carbono.

De acordo com o executivo, a pauta se faz cada vez mais relevante, principalmente pelo Brasil ser um importante emissor de gases do efeito estufa, com um número aproximado a 2 bilhões de toneladas por ano.

O Projeto de Lei 2.148/15, atualmente em análise no Congresso, propõe a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

Se aprovado e transformado em lei, o Brasil estabelecerá limites para emissões de gases, juntamente com regras específicas para a venda de créditos de compensação. Em dezembro do ano passado, o texto recebeu aprovação na Câmara dos Deputados e agora aguarda tramitação no Senado.

A legislação em discussão estabelece limites para as emissões de gases de efeito estufa por empresas. As empresas com maiores níveis de emissões deverão compensar comprando créditos. As empresas que emitirem menos que o limite poderão vender seus créditos de carbono no mercado global.

Febraban Tech discute temas da economia digital

O Febraban Tech 2024, congresso anual de tecnologia e inovação do setor financeiro, está em sua 34ª edição e será realizado de 25 a 27 de junho de 2024 no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP).

O evento reúne líderes dos setores financeiro, tecnológico, de sustentabilidade, agronegócio e áreas relacionadas à inovação para discutir temas atuais da economia digital.

Com o tema central “A jornada responsável na nova Economia da IA”, o Febraban Tech 2024 abordará a preparação e o uso responsável de recursos e avanços da inteligência artificial na economia e, especialmente, no setor financeiro.

Durante o congresso, serão abordadas questões como a responsabilidade da inteligência artificial nos negócios e a transformação do cenário financeiro global com iniciativas como Open Finance e Pix.

Também serão exploradas oportunidades na economia tokenizada e a garantia da cibersegurança pelos bancos.

A inteligência de dados na fidelização de clientes, a próxima geração de serviços financeiros impulsionada pela conectividade e a adoção da nuvem visando agilidade, eficiência e custo são outros tópicos importantes que estarão em destaque.

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