O CEO do Silicon Valley Bank (SVB), Greg Becker, vendeu o equivalente a US$ 3,6 milhões em ações do banco na semana anterior à sua falência. Segundo documentos obtidos pelo “The Wall Street Journal”, a venda ocorreu no dia 27 de fevereiro, quando um fundo de propriedade de Becker também adquiriu opções no valor de US$ 1,3 milhão.
De acordo com o jornal norte-americano, as negociações para essa data foram acertadas em 26 de janeiro, com base em uma regra da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) que permite agendamento de vendas com antecedência para evitar suspeitas de “insider trading” (uso de informação privilegiada em operações financeiras).
A movimentação do CEO da SVB surgiu um pouco antes do banco divulgar na quarta-feira (8) que havia registrado um prejuízo líquido de US$ 1,8 bilhão com a venda de parte de sua carteira de investimentos.
Crise global? Reguladores fecham SVB e assumem controle do banco
Os reguladores americanos fecharam o Silicon Valley Bank (SVB) e assumiram o controle dos depósitos do banco na sexta-feira (10). O Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) disse em comunicado que os depositantes segurados terão acesso aos seus depósitos até segunda-feira (13) pela manhã. Além disso, as filiais do SVB serão reabertas por enquanto, sob controle do regulador.
O seguro padrão do FDIC cobre até US$ 250 mil por depositante, por banco, mas ainda não está claro exatamente como contas maiores ou linhas de crédito para empresas serão impactadas por esse fechamento. O FDIC disse que pagará aos depositantes não segurados um dividendo antecipado na próxima semana.
A falência do SVB é a maior de um banco de crédito dos Estados Unidos desde o colapso da Washington Mutual, em 2008. É também a segunda instituição financeira regional a cair esta semana, depois que o Silvergate Capital anunciou que estava liquidando voluntariamente seu banco, provocando uma liquidação de ações de bancos e preocupações de que mais empresas possam fechar.