Lógica empresarial

Chambriard: Petrobras (PETR4) deve estar à disposição de acionistas

Segundo a presidente da Petrobras, a companhia deve ser rentável e atender aos interesses de acionistas majoritários e minoritários

Magda Chambriard, presidente da Petrobras (PETR4)
Magda Chambriard, presidente da Petrobras (PETR4) / Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em sua primeira coletiva após assumir o comando da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard disse, nesta segunda-feira (27), que a companhia deve ser rentável e atender aos interesses de acionistas majoritários e minoritários.

Para Chambriard, “conversa” é a palavra-chave para conciliar as demandas. “Vamos respeitar a lógica empresarial”.

Chambriard afirmou, ainda, que a empresa é capaz de garantir retorno para todos os acionistas, privados ou governamentais, e que terá que responder às expectativas da sociedade, “entendendo que temos que dar retorno”.

“Gerir essa empresa para dar lucro é muito fácil”, disse ela. Ela salientou que o empenho da Petrobras será fazer as promessas com agilidade e aceleração dos esforços. “Busco fazer as coisas com tempestividade”, disse Chambriard.

Sobre o pagamento de dividendos, a nova presidente disse que “se der lucro e atender interesses de acionistas públicos e privados”, haverá pagamento.

Petrobras (PETR4): nova presidente toma providências antes de assumir

Apesar da discrição desde que assumiu o comando da Petrobras (PETR4) pela indicação do presidente Lula (PT)Magda Chambriard já deu os primeiros passos no cargo, de acordo com a Coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.

A partir do momento que sua indicação se tornou formal, a presidente da Petrobras já foi à sede da empresa pedir estudos e informações aos subordinados, além de também ter participado de reuniões.

Segundo a coluna, suas providências ajudam a compreender suas prioridades no comando da petroleira. Uma das primeiras sendo o imbróglio da Unigel, que tenta um contrato que o TCU (Tribunal de Contas da União) já classificou como prejudicial à Petrobras. 

A gestão de Jean Paul Prates tentava fechar o contrato, que também é de interesse do ministro da Casa Civil, Rui Costa, conforme informações do veículo, porém o TCU alertou que tal negócio poderia provocar um rombo de até R$ 500 milhões.

Chambriard já se encontrou com técnicos para discutir sobre o caso, além de ter requisitado material a respeito, diz a coluna. 

Em paralelo a isso, Chambriard também requisitou reuniões para ficar a par de dois temas que deve tratar como urgências, em promessa à Lula: as obras das refinarias Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. 

A volta da indústria naval através de encomendas da Petrobras também estão entre as pautas. Na mesma linha, a criação de uma subsidiária da Petrobras na China também foi discutida pela nova chefe da empresa, que parece querer dar segmento ao projeto, segundo O Globo.