Commodities

Chambriard: Petrobras resistirá ao petróleo mais barato sob Trump

Magda Chambriard prevê que o petróleo bruto deve ser negociado entre US$ 70 e US$ 75 o barril sob a nova administração dos EUA

Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras
Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras / Foto: reprodução

A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, afirmou que a estatal está preparada para lidar com uma eventual queda dos preços globais sob a gestão do presidente dos EUA, Donald Trump.

A executiva prevê que o petróleo bruto deve ser negociado entre US$ 70 e US$ 75 o barril sob a nova administração dos EUA, segundo a “Bloomberg TV”.

Chambriard comentou, em entrevista ao veículo, sobre o esforço de Trump para aumentar a produção da commodity e por petróleo bruto mais barato. Atualmente, o petróleo Brent – referência mundial – é negociado em torno de US$ 76 o barril.

O presidente Donald Trump tem dado continuidade às suas políticas tarifárias, no entanto, elas não devem impactar a Petrobras, pois a empresa estabeleceu mercados na China e na Índia, com um plano estratégico que é “resiliente” ao petróleo a US$ 65 o barril, acrescentou Chambriard.

Petrobras: ‘estamos pisando no acelerador’, diz Chambriard

A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, afirmou que recebeu uma “encomenda” do governo para impulsionar o PIB (produto interno bruto) e convocou uma aproximação da indústria, em seu discurso na abertura do Fórum Brasil de Energia.

O evento ocorreu nesta terça-feira (4), na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

“Estejam preparados, porque estamos pisando no acelerador”, disse Chambriard, chamando a indústria para ajudar a companhia a gerar retorno à população. “Não podemos crescer sozinhos, precisamos da indústria nacional e internacional para nos atender prontamente”, disse a presidente.

Uma das apostas da petroleira é a ampliação de seu parque de refino. De acordo com a dirigente, o investimento requer “dezenas de milhares” de trabalhadores de todos os estados onde a Petrobras está presente. “Vamos buscar acréscimo de 200 mil barris de derivados”, completou.

Outra frente de investimentos está na produção de fertilizantes e biocombustíveis, especialmente o etanol e o biodiesel, que, segundo Chambriard, seria “o combustível do presente”.

“Com isso, estamos fundindo o setor petróleo com o agronegócio, já vínhamos fazendo isso com o etanol e vamos fazer com o biodiesel”, disse a executiva. “Diesel coprocessado (com mistura de óleo vegetal e diesel fóssil) é meu chuchuzinho”, acrescentou.

A presidente afirmou, ainda, que a conclusão do primeiro trem da Rnest (Refinaria Abreu e Lima) colocou 25 mil barris de diesel por dia no mercado e a Petrobras já está em processo de licitação do segundo trem.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile