Bolsas externas em alta

China impulsiona commodities e Ibovespa fecha em alta; dólar cai

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (24) com alta de 1,20%, aos 132.140,75 pontos; o dólar caiu, a R$ 5,56.

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (24) com alta de 1,20%, aos 132.140,75 pontos. O dólar comercial caiu 1,30%, a R$ 5,56.

Depois de 5 sessão consecutivas em queda, o Ibovespa voltou a consagrar uma valorização firme, em um dia marcado pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e o cenário externo que impulsionou as principais commodities da Bolsa.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, finalizou em baixa de 0,47%, a US$ 100,38.

No quadro externo, a China anunciou estimulos econômios para estabilizar o setor imobiliário e restaurar a confiança do mercado, o que fortaleceu as negociações do minério de ferro. Por conta desse movimento, a commodity teve a maior valorização em um ano.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian (DCE) encerrou a sessão com alta de 4,64%. Com isso, as ações das mineradoras também avançaram.

“As bolsas mundiais se animaram porque esse foi o maior pacote de estímulos já anunciado desde a pandemia na tentativa de tirar o país da deflação”, disse Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

“O anúncio de estímulos na China também impulsionou os preços do petróleo lá fora, com o WTI e o Brent em alta, o que colabora para as altas das petrolíferas”, avaliou.

No ambiente interno, a ata da última reunião do Copom foi divulgada e animou o mercado. O tom foi mais neutro e não indicou o ritmo de altas na Selic (taxa básica de juros) nas próximas decisões.

Ao BP Money, Leonardo Costa, economista do ASA, reforçou a crença em mais duas elevações de 0,50 p.p até o final do ano, com o ciclo de alta encerrando em 12%.

Já para Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, o Comitê não deu indícios de aperto no ritmo de aumentos da Selic. O economista, portanto, espera mais duas altas de 0,25 p.p.

A CSN (CSNA3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 9,39%. Logo atrás, Brava Energia (BRAV3) e Usiminas (USIM5) registraram altas de 8,72% e 7,68%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Azul (AZUL4) liderou as perdas, caindo 5,04%. Em seguida, vieram GPA (PCAR3) e CESP (AURE3), com perdas de 1,71% e 1,23%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) 

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,75% e 0,41%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 4,40%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 4,88%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 4,17%. Usiminas (USIM5) valorizou 7,68%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixa de 0,03% e 0,07%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 0,14% e valorização 0,55%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,70%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 2,21%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 1,89%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta terça-feira (24). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,94%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,28%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,58%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,25% e 0,56%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,20%.

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