O lucro das empresas industriais da China apresentou uma desaceleração, crescendo 2,7% em termos anualizados em outubro, após ter avançado 11,9% em setembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pelo NBS, o departamento nacional de estatísticas.
No mês de outubro, o segmento de produção de matérias-primas destacou-se como o principal impulsionador do crescimento dos lucros, apresentando uma taxa de 22,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em decorrência das mais recentes medidas de estímulo governamentais, os lucros dos fabricantes de bens de consumo apresentaram um aumento consistente de 2,2% em comparação com o ano anterior, acumulando agora três meses consecutivos de crescimento.
Outros setores industriais, como a fabricação de equipamentos e a indústria de energia, gás natural e abastecimento de água, também experimentaram aumento nos lucros no mês passado.
Nos primeiros dez meses deste ano, os lucros das principais empresas industriais chinesas apresentaram uma redução de 7,8%, o que representa uma melhora de 1,2 ponto percentual em comparação com o registrado no período de janeiro a setembro.
De acordo com o NBS, cerca de 70% das 41 categorias industriais monitoradas na China apresentaram um desempenho aprimorado nos lucros, conforme relatado pela agência Xinhua.
Este ano, a China tem ampliado seus esforços para sustentar o crescimento das empresas industriais e fortalecer as perspectivas do mercado, implementando reduções fiscais mais expressivas e oferecendo um suporte financeiro mais robusto.
Recentemente, as autoridades anunciaram 25 medidas específicas para reforçar os serviços financeiros destinados às empresas privadas, como parte dos esforços para impulsionar seu crescimento. Essas medidas incluem um apoio ampliado à inovação e às pequenas empresas, conforme comunicado emitido pelo Banco Central.
Argentina não pode cortar relações com a China, diz chancelaria chinesa
O Ministério das Relações Exteriores da China alertou a Argentina sobre cortar relações diplomáticas com Pequim e Brasília, dando um recado direto ao presidente eleito Javier Milei, que disse durante sua campanha que não iria se relacionar com “países comunistas”.
“Seria um grande erro diplomático para a Argentina cortar laços com grandes países como China ou Brasil”, disse Mao Ning, porta-voz da chancelaria chinesa, em entrevista coletiva nesta terça-feira (21).
Ainda segundo Ning, “nenhum país pode cortar relações diplomáticas e ser capaz de manter cooperação e comércio. Além disso, a porta-voz ressaltou as crescentes relações comerciais entre China e Argentina, chamando o país sul-americano de um “importante parceiro comercial”.
“A complementaridade econômica entre os nossos dois países significa que existe um grande potencial de cooperação. A China está disposta a trabalhar com a Argentina para manter as nossas relações num rumo estável”, disse Ning.