A China, diferentemente das principais economias que enfrentam o desafio da inflação, entrou em um período de deflação pela primeira vez em mais de dois anos.
Nesse sentido, esse cenário na China é resultado da fragilidade do consumo interno, que está dificultando a recuperação econômica do país.
De acordo com os dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas, o Índice de Preços ao Consumidor da China registrou uma queda de 0,3% em julho, marcando a primeira contração desde 2021.
Embora os analistas consultados pela agência Bloomberg tivessem projetado uma queda mais significativa, de 0,4%, a deflação atual já representa um desafio para a economia chinesa.
Em termos de comparação, em junho, a França apresentou uma taxa de inflação de 4,5%, enquanto nos Estados Unidos esse índice chegou a 3%.
Redução dos preços
Sendo assim, apesar de a redução nos preços parecer favorável ao poder de compra dos consumidores, a longo prazo ela representa uma ameaça macroeconômica. Isso ocorre porque os consumidores tendem a adiar suas compras na expectativa de quedas ainda maiores nos preços.
Diante da redução da demanda, as empresas se veem obrigadas a reduzir a produção e a oferecer descontos adicionais para liquidar seus estoques. Ao mesmo tempo, muitas empresas congelam contratações ou anunciam demissões.
Nesse sentido, o ciclo descendente é apontado por economistas como uma preocupação significativa.
A título de comparação, a inflação em junho na França foi de 4,5% e nos Estados Unidos atingiu 3%.
Embora a queda nos preços pareça benéfica para o poder aquisitivo, a longo prazo é uma ameaça macroeconômica porque os consumidores tendem a adiar as compras à espera de reduções ainda maiores dos preços.
Diante da falta de demanda, as empresas são obrigadas a cortar a produção e estabelecer novos descontos para liquidar seus estoques, ao mesmo tempo que congelam as contratações ou anunciam demissões. Os economistas destacam uma espiral descendente.