Os acionistas da Cielo (CIEL3) rejeitaram, em assembleia especial realizada na terça-feira, a proposta do Bradesco (BBDC4) e do Banco do Brasil (BBAS3) para realizar uma nova avaliação das ações da empresa com o objetivo de uma possível oferta pública de aquisição de ações (OPA), conforme informado pela própria Cielo em fato relevante.
“Dessa forma, resta verificada uma das condições suspensivas da obrigação assumida pelos ofertantes de elevar o preço da OPA caso ela venha a ser efetivamente lançada, tendo sido tal obrigação condicionada”, disse a instituição de pagamentos no documento ao mercado.
“Ainda, a que sejam integralmente cumpridas as obrigações assumidas pelo grupo de acionistas minoritários que se comprometeu a apoiar a possível OPA”, afirmou a Cielo.
Inicialmente, os controladores da Cielo haviam oferecido R$ 5,35 por ação em circulação da empresa. No início deste mês, concordaram em aumentar o preço da oferta de fechamento de capital para R$ 5,60.
As gestoras de recursos Encore, Clave, XP, AZ Quest, Vinland Capital e Absolute, que juntas detêm cerca de 7% das ações da empresa de meio de pagamentos, já haviam se comprometido com os controladores.
Cielo (CIEL3): fechamento de capital
O acordo engloba os controladores, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), juntamente com as gestoras de recursos Encore, Clave, XP, AZ Quest, Vinland Capital e Absolute, que possuem aproximadamente 7% das ações da empresa de meios de pagamento.
Com a modificação, o desembolso dos dois bancos, por meio de suas subsidiárias, para fechar o capital da Cielo aumentaria de R$ 5,9 bilhões para aproximadamente R$ 6,2 bilhões. Se a nova oferta for realizada, ela avaliará a Cielo em R$ 15,2 bilhões.
A Cielo também comunicou que a Assembleia Especial está agendada para esta terça-feira (2), às 10h, para deliberar sobre a solicitação dos acionistas para a realização de um novo laudo de avaliação.
A operação tem como objetivo a conversão do registro da companhia aberta na CVM, passando da categoria “A” para “B”.
Além disso, os controladores solicitarão à B3 a retirada da empresa do Novo Mercado, que é o segmento de maior rigor em termos de governança corporativa do mercado brasileiro.