O JP Morgan, instituição líder mundial em serviços financeiros, elevou sua recomendação para as ações ordinárias da Cielo (CIEL3) de neutra para overweight (ou exposição acima da média do mercado) – ou seja, os papéis estão mais baratos atualmente do que aquilo que o banco acredita ser o “preço justo”.
Após recomendação, os papéis da Cielo, às 17h15, estavam cotados a R$ 4,11, registrando alta de 11,29% nesta quinta-feira (26). Mesmo com a alta, o preço das ações ainda estavam longe dos R$ 5 fixados pelo banco americano como preço-alvo.
Depois das fortes perdas de participação de mercado dos últimos anos, os analistas do banco norte-americano entendem que o ritmo de queda da empresa de maquininhas parece ter se estabilizado, o que deve ter impacto positivamente nas receitas dos próximos trimestres. Nos últimos três balanços divulgados, a empresa de maquininhas sustentou a faixa dos 26%.
O banco norte-americano espera que a companhia consiga distribuir dividendos que representam cerca de 40% da receita total após a venda e gestão de subsidiárias que impactam negativamente o balanço.
Os analistas do banco norte-americano acreditam que o cenário econômico do País e alta dos juros tendem a castigar empresas de crescimento com grande exposição ao setor de tecnologia, mas afirmam que a Cielo tem agido bem neste contexto de crise econômica.
Com o fim do ciclo de alta da Selic no horizonte, a Cielo deve ver uma queda da pressão sobre sua operação. O JP Morgan vê um aumento de 150 pontos-base na taxa básica de juros, menor na comparação com os 300 pontos registrados entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021.
O JP Morgan ainda revisou suas projeções de lucros para a Cielo. O banco espera que a adquirente tenha ganhos de R$ 851 milhões em 2022, alta de 6%, e de R$ 791 milhões em 2023, subindo 24%.