Saindo da B3

Cielo (CIEL3) convocará AGE para deliberar sobre resgate de ações

Ainda circulam no mercado alguns papéis de emissão da companhia representativas, de percentual menor que 5% do capital social

Foto: Divulgação / Cielo
Foto: Divulgação / Cielo

Conforme anúncio da Cielo  (CIEL3), na sexta-feira (16), medidas serão adotadas para convocar oportunamente uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para deliberar sobre o resgate compulsório das ações que ainda circulam no mercado. 

Ainda restam papéis de emissão da companhia representativas, de percentual menor que 5% do capital social circulando, segundo a Cielo.

“Caso o resgate compulsório seja aprovado pelos acionistas da companhia, o período de aquisições supervenientes será automaticamente encerrado na data da AGE, sendo certo que até lá os acionistas poderão seguir alienando suas ações por meio de negociação na B3, até a efetiva conversão de registro, mediante ordem de venda realizada por sua respectiva corretora, e mediante pedido apresentado ao escriturador”, segundo fato relevante.

Caso seja aprovado, o valor do resgate das ações remanescentes da Cielo será equivalente ao valor por ação da OPA (oferta pública de aquisição) ajustado pela Selic acumulada desde a data de liquidação da oferta até a data do pagamento efetivo aos acionista, o qual deverá ocorrer em até 15 dias após a data da AGE.

Cielo deixa B3 após 15 anos com menos de 20% do mercado

Após 15 anos na Bolsa de Valores, a Cielo (CIEL3) se prepara para se despedir, enfrentando mais uma perda de participação de mercado.

Parceiros

Esse movimento amplia o desafio para seus controladores, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), que, após a conclusão do fechamento de capital, esperam que a Cielo, fora da B3, tenha maior flexibilidade para ajustar sua estratégia.

A mudança não só visa recuperar o terreno perdido, mas também ajudar os dois bancos a expandirem sua presença junto às pequenas e médias empresas (PMEs).

O Bradesco e Banco do Brasil realizaram na B3, na última quarta-feira (14), o leilão da oferta pública de aquisição (OPA) para a deslistagem da Cielo.

Com a compra de 736,9 milhões de ações, movimentaram R$ 4,3 bilhões, atingindo um quórum superior ao necessário para solicitar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a conversão do registro, o que permitirá o fechamento de capital da empresa.