Fechará capital

Cielo (CIEL3) deixará a Bolsa brasileira após leilão bilionário

A OPA (Oferta Pública de Aquisição de Ações) da empresa movimentou R$ 4,3 bilhões, conforme informações da B3

Foto: Divulgação / Cielo
Foto: Divulgação / Cielo

Os acionistas controladores da Cielo (CIEL3) concluíram nesta quarta-feira (14), o leilão da OPA (oferta pública de aquisição de ações) realizada para fechar o capital da companhia. O negócio movimentou R$ 4,3 bilhões, conforme informações da B3.

Ofertas para a aquisição das ações da companhia do ramo de pagamentos foram lançadas mais cedo, ainda em 2024, pelos bancos Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) de pagamentos que ainda.

A especulação sobre a possibilidade da Cielo sair da Bolsa brasileira corre entre os agentes do mercado há anos, de acordo com o “Reuters”. 

Segundo a B3, os credores compraram cerca de 736,86 milhões das 902,2 milhões de ações ordinárias CIEL3 oferecidas, acima do mínimo necessário para fechar o capital da Cielo.

Do outro lado, a aquisição das ações pelos bancos saiu pelo valor de R$ 5,82 cada, confirmando o preço à vista por ação de R$ 5,60 que os acionistas minoritários firmaram em abril, somado também ao ajuste pelo CDI.

A previsão é que a liquidação da operação da Cielo aconteça em 16 de agosto. 

Parceiros

Cielo (CIEL3): lucro cai 20,7% no 2TRI24 e fecha em R$ 385,6 mi

O lucro líquido da Cielo (CIEL3) sofreu uma queda significativa no 2TRI24, em 20,7% na base de comparação anual, alcançando R$ 385,6 milhões. A compensação a esse recuo veio parcialmente com a melhora no resultado financeiro, segundo a empresa.

O Ebitda ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização –  fechou o período em R$ 727,0 milhões, mostrando uma redução de 49,2% em comparação ao 2T23. 

Para a Cielo, essa diminuição está ligada a um evento não recorrente registrado no ano anterior, bem como aos investimentos no programa de transformação #PraCimaCielo!. Na mesma linha,  a margem Ebitda diminuiu de 39,6% para 29,3%.

Outra queda registrada na base de comparação anual foi na receita líquida, que recuou para R$ 2,47 bilhões. A redução no yield de receitas da Cielo Brasil, por conta das mudanças no mix de clientes e menor penetração do Recebimento Automático foi o que causou impacto negativo sobre as receitas, mesmo com o crescimento no Cateno, disse a Cielo. 

O Recebimento Automático dá aos comerciantes e varejistas a oportunidade de receberem automaticamente os valores de vendas feitas por cartões de crédito e débito, de acordo com o “InfoMoney”.

A Cielo Brasil, em termos operacionais, teve um aumento de 1,6% no volume de transações financeiras, com volume total de R$ 198,9 bilhões. Os cartões de crédito, que reportaram avanço de 5,3%, foram o impulso do resultado, ao passo que o volume de transações com cartões de débito reduziu.