O banco norte-americano Goldman Sachs elevou a recomendação dos papéis da Cielo (CIEL3) de venda para neutra. O preço-alvo também foi atualizado, de R$ 4,80 para R$ 5,70.
Segundo os analistas do banco, apesar da alta, o valuation é mais descontado em relação a seus pares, com um múltiplo de P/L (preço/lucro) de 8,8 vezes para 2023 em relação aos seus concorrentes, que negociam a múltiplos médios de 18,4 vezes. Ainda, em relatório, apontam que continuam cautelosos com a indústria de pagamentos, dadas as pressões competitivas em curso.
Ainda, o Goldman Sachs apontou que o volume total de pagamentos deve continuar desacelerando. À medida que a inflação se normaliza, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) recua e a penetração de cartões aumenta em um ritmo mais lento.
O banco também pondera que a Cielo deve continuar perdendo participação de mercado, apesar de apresentar uma estabilidade nos últimos trimestres.
No entanto, o Goldman Sachs prevê lucros maiores para Cielo em 2022. Os analistas elevaram sua estimativa de lucro líquido em 5%, para R$ 1,4 bilhão, seguindo resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre.
Já para 2023, as previsões aumentaram em 11%, para R$ 1,7 bilhão. Em 2024, subiu 15% para R$ 2 bilhões, após incorporar uma possível redução de cerca de R$ 500 milhões em custos anuais.
Cielo (CIEL3) registra alta de 99% no lucro do 3T22
A Cielo divulgou seu balanço do terceiro trimestre na última segunda-feira (31). A companhia registrou lucro líquido recorrente de R$ 422 milhões entre julho e setembro, um avanço de 99% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1 bilhão, crescimento de 45,2% em comparação com mesma etapa do ano passado.
A empresa registrou uma receita operacional líquida de R$ 2,6 bilhões, queda de 12,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Por volta das 12h30 (horário de Brasília) desta segunda-feira (7), as ações da Cielo (CIEL3) operavam em queda de 0,71%, a R$ 5,60.