Cielo (CIEL3): Itaú BBA corta recomendação de compra

O Itaú BBA ainda reduziu o preço-alvo da Cielo para R$ 5,40

As ações da Cielo (CIEL3) tiveram recomendação de compra cortada para neutra pelo Itaú BBA (ITUB4). Além disso, a instituição financeira reduziu o preço-alvo da empresa de R$ 5,80 para R$ 5,40.

Apesar de reconhecer melhorias de execução e projetar lucro sólido de R$ 1,8 bilhão em 2023, os analistas do Itaú BBA enxergam pouco potencial de valorização com as ações da Cielo negociando a 7,1 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2023.

Além disso, o banco escreveu em relatório que os volumes de transações com cartão estão caindo a um ritmo mais rápido do que o esperado, em virtude da redução da disponibilidade de crédito e baixa confiança.

O Itaú também revisou sua previsão de TPV Total Payment Volume (Volume Total de Pagamentos, em português) de cartão para o ano de 2023 para um aumento de 7% em relação ao ano anterior, com um aumento de dígito único baixo no primeiro trimestre deste ano, incluindo prováveis perdas de participação de mercado.

Nesse sentido, os analistas da casa escreveram que “qualquer medida política que prejudique os volumes de cartão de crédito representa um risco de queda para as receitas do setor”.

O Itaú BBA também não vê gatilhos relevantes nos volumes ou taxas de pré-pagamento devido aos mercados de crédito corporativo mais difíceis. “A combinação desses obstáculos pode começar a frustrar as expectativas de lucro, que vêm aumentando constantemente nos últimos 12 meses”, disse.

Nesta segunda-feira (3), as ações da Cielo recuaram 3,71%, cotadas a R$ 4,67.

Cielo (CIEL3) adota programa de recompra de até 6,57 mi de ações

A Cielo (CIEL3) anunciou na última quarta-feira (29) que vai adotar um programa de recompra de ações. Graças a isso, a empresa pode adquirir até 6.569.512 papéis ordinários de sua própria emissão em circulação no mercado. O programa aprovado pelo conselho ficará ativo de 3 a 11 de abril deste ano.

A Cielo poderá comprar as ações a preço de mercado com a intermediação da corretora Ágora.

De acordo com a Cielo, o objetivo é fazer frente aos compromissos assumidos em programas de remuneração, retenção e incentivo de seus colaboradores e administradores. Ainda conforme a empresa, o conselho concordou que o projeto não vai prejudicar “o cumprimento das obrigações assumidas com credores nem o pagamento de dividendos obrigatórios mínimos”.

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