O lucro líquido da Cielo (CIEL3) sofreu uma queda significativa no 2TRI24, em 20,7% na base de comparação anual, alcançando R$ 385,6 milhões. A compensação a esse recuo veio parcialmente com a melhora no resultado financeiro, segundo a empresa.
O Ebitda ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – fechou o período em R$ 727,0 milhões, mostrando uma redução de 49,2% em comparação ao 2T23.
Para a Cielo, essa diminuição está ligada a um evento não recorrente registrado no ano anterior, bem como aos investimentos no programa de transformação #PraCimaCielo!. Na mesma linha, a margem Ebitda diminuiu de 39,6% para 29,3%.
Outra queda registrada na base de comparação anual foi na receita líquida, que recuou para R$ 2,47 bilhões. A redução no yield de receitas da Cielo Brasil, por conta das mudanças no mix de clientes e menor penetração do Recebimento Automático foi o que causou impacto negativo sobre as receitas, mesmo com o crescimento no Cateno, disse a Cielo.
O Recebimento Automático dá aos comerciantes e varejistas a oportunidade de receberem automaticamente os valores de vendas feitas por cartões de crédito e débito, de acordo com o “InfoMoney”.
A Cielo Brasil, em termos operacionais, teve um aumento de 1,6% no volume de transações financeiras, com volume total de R$ 198,9 bilhões. Os cartões de crédito, que reportaram avanço de 5,3%, foram o impulso do resultado, ao passo que o volume de transações com cartões de débito reduziu.
A redução nos totais de empréstimos e financiamentos foi o destaque da Cielo quanto à gestão da dívida, visto que a dívida bruta caiu de R$ 3,7 bilhões no ano, para R$ 3,6 bi, “refletindo esforços para melhorar a estrutura de capital e reduzir a alavancagem. A dívida líquida da companhia”.
A posição de caixa da adquirente também fechou o 2TRI24 em R$ 1,2 bilhão. A administração da Cielo comentou que as ações de otimização operacional e financeira estão alinhadas com as estratégias de controle de custos e despesas, além de foco na expansão comercial e inovação de produtos.
CVM defere registro de oferta de aquisição de ações da Cielo (CIEL3)
A Cielo (CIEL3) anunciou na sexta-feira (5), que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou o registro da oferta pública de aquisição de ações (OPA) da empresa.
Com isso, os bancos controladores, Banco do Brasil e Bradesco, estão autorizados a prosseguir com a oferta.
A Cielo (CIEL3) recebeu a comunicação das ofertantes e do intermediário Bradesco BBI de que a OPA será lançada dentro do prazo estabelecido por regulamento.
A empresa também declarou que assim que receber uma cópia do Edital da OPA, informará seus acionistas e o mercado, disponibilizando o documento para consulta em seu site de relações com investidores, assim como nos sites da CVM e da B3.
Em fevereiro, Banco do Brasil e Bradesco revelaram planos para retirar a Cielo da bolsa através de uma oferta pública. Inicialmente, acionistas minoritários levantaram questões sobre o preço proposto por ação pelos controladores, o que levou a uma revisão do valor oferecido.
Agora, com o deferimento pela CVM, o processo avança mais um passo em direção à concretização da oferta.