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Citi aponta preferência por Mercado Livre e Nubank na América Latina

Apesar disso, o Citi reiterou a recomendação de venda para os papéis do Nubank e compra para o Mercado Livre

Mercado Livre avança volume de transações em 82%
Foto: Divulgação/Mercado Livre

Em análise sobre as companhias “pesos-pesados” da América Latina, o Citi anunciou que tem preferência pelas ações do Mercado Livre (MELI34) e do Nubank (RXO34). Os analistas do banco apontam que o Nubank tem uma base maior de clientes, mas o Meli está crescendo mais rápido.

Além disso, o banco norte-americano afirmou que, ao passo que o Nubank tem maior dependência por cartão de crédito, o Mercado Livre reage mais rápido a mudanças no cenário e tem um custo de funding aparentemente menor. 

O Citi avaliou também que, se a margem de lucro antes de impostos é maior no Nubank, a empresa de comércio argentina tem margens ajustadas ao risco que são melhores.

“Reiteramos nossa recomendação de ‘venda’ para Nubank e ‘compra’ para Mercado Livre. Ambas as visões se baseiam principalmente nas perspectivas de crescimento contrastantes para cada um, onde o Nubank parece desacelerar devido à potencial saturação de cartões de crédito, enquanto o Mercado Livre está em um estágio inicial”, consta em relatório do Citi.

Na visão do Citi, o Nubank é favorecido pelas métricas de qualidade de ativos, que tem menor formação de inadimplência e menos empréstimos nas categorias E-H do Banco Central (que são um termômetro para a inadimplência acima de 90 dias) no Brasil. 

“Vale ressaltar que o Meli parece alterar seu apetite ao risco muito rapidamente sempre que a qualidade dos ativos se deteriora, o que pode indicar uma curta duração em seu portfólio e/ou modelos de risco ágeis”, disse o banco.

Em paralelo a isso, no relatório consta ainda que, para operações consolidadas, tanto Nubank quanto Mercado Livre divulgam a margem financeira ajustada ao risco. 

A avaliação do Citi afirmou que a evolução dos volumes totais de pagamentos e a receita implícita para ambos. “O volume parece estar desacelerando moderadamente para o Nubank nos últimos trimestres, enquanto continua em um ritmo forte para o Meli”, salientou.

Citi rebaixa recomendação e preço-alvo para Ambev (ABEV3); veja detalhes

Em nova avaliação, o banco norte-americano Citi cortou a recomendação de Ambev (ABEV3) de compra para neutra e reduziu o preço-alvo da ação de R$ 14,50 para R$ 11,80. Com isso, o papel fechou entre as maiores quedas do Ibovespa, recuando 2,04%, com ações negociadas a R$ 11,02.

A equipe do banco avaliou que a companhia vem evoluindo operacionalmente nos últimos cinco anos, isto por que está investindo em um portfólio de produtos premium e iniciativas que geram aumento de margens. 

Além disso, eles acreditam que os resultados da Ambev no 4º trimestre já vão começar a mostrar um cenário mais desafiador em termos de volumes, que deve perdurar ao longo de 2025 por conta das incertezas no cenário macroeconômico.

“Estimamos que as receitas cresçam 2% em 2025 e o Ebitda se mantenha estável, sem a Ambev mostrar um motor claro e sustentável de crescimento operacional”, escreveu o banco.