O Citigroup se prepara para uma onda de demissões, enquanto a CEO Jane Fraser inicia a maior reestruturação na diretoria do gigante de Wall Street dos últimos 20 anos, segundo publicou a Bloomberg, nesta terça-feira (13).
De acordo com a publicação a empresa não terá mais três chefes regionais supervisionando seus negócios em cerca de 160 países ao redor do mundo. Pelo menos quatro dos principais representantes de Fraser obtiveram novos cargos na mudança, e a empresa está à procura de um chefe do setor bancário, o que inclui a supervisão da unidade de investment banking.
As medidas resultarão em uma série de cortes de empregos, embora a empresa ainda não tenha previsão sobre quantos funcionários serão afetados, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela reportagem e que pediram para não serem identificadas por discutirem informações pessoais.
“Essas não são decisões tomadas levianamente”, disse Fraser em um memorando aos funcionários visto pela Bloomberg News. “Estaremos nos despedindo de alguns colegas muito talentosos e trabalhadores que fizeram contribuições importantes para a nossa empresa.”
Citi avança em plano de sair do varejo bancário em 14 países
Em julho, o Citi comunicou ao mercado que planeja expandir sua estratégia de sair do varejo bancário abrangendo regiões da Ásia, Europa, Oriente Médio e, o Brasil, cuja operação já foi adquirida pelo Itaú Unibanco (ITUB4).
Além disso, o Citi pretende concluir a separação de suas atividades bancárias no México, representadas pelo Banamex, até o próximo ano. Em seguida, o banco pretende realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO) esperada para acontecer até 2025.
Durante uma teleconferência com analistas e investidores, a presidente do Citigroup, Jane Fraser, reiterou a intenção da instituição de realizar um IPO de sua divisão de varejo no México. Essa decisão ocorreu após tentativas mal sucedidas de vendê-la, devido à pressão exercida pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
Desse modo, os bancos como o Santander (SANB11), da Espanha, e o Itaú Unibanco, do Brasil, chegaram a avaliar o ativo do Banamex. No mês de maio, o Citigroup anunciou uma mudança de rota em relação ao Banamex, considerando o IPO como uma das possibilidades a serem exploradas pelo gigante financeiro sediado em Wall Street.