‘Aviso de cautela’

Citi rebaixa recomendação para ações dos EUA e aumenta da China

O Citi reforçou a avaliação de que a  hegemonia norte-americana “está pausando”, mas que a visão não está totalmente implementada

Café com BPM: EUA tem queda antes do “CPI”; Ásia fecha em alta
Mercados dos EUA operam em queda antes do CPI/Pixabay

A recomendação de investimento nos EUA foi rebaixada pelo Citi para neutra, ao mesmo tempo o banco aumentou a classificação para os ativos da China, que agora tem recomendação de compra.

O Citi reforçou a avaliação de que a  hegemonia norte-americana “está pausando”, conforme o relatório de Estratégia Macro Global publicado na segunda-feira (10). A visão não está totalmente implementada, mas o banco avaliou que os sinais sobre este movimento “estão ficando mais claros”, segundo a “CNN Brasil”.

O banco afirmou que dois de seus modelos dispararam um “aviso de cautela” sobre os EUA na sexta-feira (7) e segunda. O mercado de trabalho norte-americano e as mudanças na economia, promovidas pela gestão de Donald Trump, foram pontos citados pelo Citi.

“Este pode ser o último relatório forte de emprego, com os cortes do DOGE, as demissões voluntárias e a economia mais fraca entrando em ação”, pontuou.

A expectativa do Citi para a China

Já os ativos da China, o Citi afirmou que fazem “uma boa triagem, mesmo após o rali”. Conforme a explicação da equipe, anteriormente eles não haviam se concentrado nas ações da China por conta do risco das tarifas de Trump à economia do gigante asiático.

Porém, excluindo essa questão, o setor de tecnologia da China chama atenção, com foco nos avanços de plataformas de inteligência artificial no país.

Houve o alvoroço recente com a DeepSeek, que mexeu com as estruturas de IA de gigantes do ocidente, mas o Citi também ressaltou o lançamento de plataformas da Tencent (IA Hunyuan) e da Alibaba (QwQ-32B).

Por fim, o banco ainda apontou a proximidade do presidente chinês Xi Jinping ao setor, “provavelmente percebendo que na atual situação geopolítica, é de suma importância ser capaz de competir com os EUA em pé de igualdade na arena de IA – o que é igualmente improvável de acontecer se o setor privado não tiver espaço para manobrar”.