Possível pressão sobre o "valuation"

Citi recomenda: “não venda ações dos EUA de maneira precipitada”

Com o S&P 500 alcançando patamares históricos e indicadores tradicionais sinalizando possível pressão sobre o "valuation", Citi sugere prudência

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Citi / Divulgação

Os analistas do Citi divulgaram, nesta sexta-feira (20), um relatório abrangente sobre o mercado de ações dos EUA, apesar dos preços estarem em níveis elevados.

Com o S&P 500 alcançando novos patamares históricos e indicadores tradicionais sinalizando uma possível pressão sobre o “valuation”, o Citi sugere prudência e aconselha a não “vender ações dos EUA de forma precipitada.”

O relatório enfatiza que o recente corte de 50 pontos-base nas taxas de juros pelo Federal Reserve “revigorou o ânimo” do mercado, fazendo com que o S&P 500 superasse os níveis registrados em meados de julho.

Embora os indicadores tradicionais de avaliação sugiram uma pressão crescente, a análise do Citi, fundamentada em um “modelo macroeconômico de valor justo e uma abordagem reversa de fluxo de caixa descontado (DCF)”, proporciona uma visão mais equilibrada.

O banco afirma que, embora os lucros do índice possam enfrentar maiores desafios em razão das avaliações já elevadas, uma venda abrupta não é justificada.

O Citi observa que o recente recorde do S&P 500 não foi impulsionado apenas por ações de crescimento; as ações de valor também desempenharam um papel significativo.

Citi prevê mudança nos investimentos

No entanto, o relatório prevê uma mudança na liderança dos estilos de investimento, indicando uma reclassificação mais ampla do mercado, sustentada pela alteração nas políticas do Fed e pela diminuição das disparidades no crescimento dos lucros.

O banco destaca que as preocupações com o valuation são evidentes, uma vez que o P/L (preço/lucro) histórico ultrapassou 23x, estabelecendo um novo recorde neste ano.

Nessas circunstâncias, o Citi ressalta que os novos recordes do S&P 500 e as avaliações elevadas não justificam uma venda imediata.

Em vez disso, o banco recomenda que os investidores foquem em “oportunidades mais específicas” dentro do índice. As áreas de interesse incluem o crescimento de empresas de médio porte, aprimoramentos na qualidade, determinados temas tecnológicos e ambientais, além de oportunidades nos setores de Consumo Discricionário, Financeiro e Imobiliário.