Criptoativos

'Coach do bitcoin' suspeito de golpe de R$ 260 milhões é preso

O coach é dono da corretora de bitcoins RR Consultoria, que captava valores dos clientes e prometia retornos de até 9% ao mês

Coach do bitcoin
Foto: reprodução

Rodrigo dos Reis Teixeira, empresário e coach suspeito de sumir com R$ 260 milhões de investidores em bitcoin, foi preso na manhã desta quinta-feira (7) pela Polícia Federal, no âmbito da “Operação Profeta”.

O coach é dono da corretora de bitcoins RR Consultoria, no Rio de Janeiro, que captava valores dos clientes e prometia retornos de até 9% ao mês. A suspeita é de que Rodrigo e familiares enviaram o dinheiro das vítimas para o exterior por meio de corretoras de criptomoedas.

Dentre as estratégias do negócio para atrair investidores, destacava-se o uso da religião e a presença de celebridades. O ator Felipe Titto, que já participou do Shark Tank Brasil, por exemplo, foi convidado para uma das festas de fim de ano da empresa.

A onda de processos contra a empresa abertos por investidores que se dizem lesados iniciou em 2022. No início deste ano, Rodrigo concordou em pagar R$ 14 milhões em uma ação coletiva, mas, segundo informou a advogada Larissa Gatto, que representa algumas das vítimas, ao InfoMoney, ele não chegou a arcar nem com a primeira parcela.

Falsa holding em SP roubou milhões de investidores e desapareceu

Mais de R$ 1 milhão é a soma das quantias extorquidas de investidores pela falsa holding Plan B, entre 2022 e 2024. Já são mais de 40 processos abertos no Tribunal de Justiça de São Paulo contra a empresa, que desapareceu, assim como Rodolpho Barbosa de Almeida, responsável pela companhia.

Inscrita sob o CNPJ 40.839.423/0001-14, a Plan B Holding era voltada para o planejamento financeiro e patrimonial e captava dinheiro de investidores em um contrato de sociedade para aplicar em empreendimentos imobiliários, um fundo voltado ao investimento em uma fazenda de gado e algumas aplicações off shore.

O investimento era realizado a partir de um Instrumento Particular de Constituição de Sociedade em Conta de Participação (“SCP”), uma forma de associação entre duas ou mais pessoas para realizar um projeto. Na prática, um investidor aporta capital em uma empresa em condição de “sócio”, mas sem participar da administração do negócio.

Na Plan B, o plano era investir nos outros braços da holding: a Plan B Agrotech, a R2 Pharma Distribuidora de Medicamentos, a Plan B Empreendimentos Imobiliários e a Plan B Empréstimos.

Os termos do contrato determinavam que o prazo do investimento seria de 6 meses, podendo ser renovado caso fosse a vontade do investidor. A liquidação levaria 45 dias corridos, mas os lucros deveriam pingar mensalmente na conta, acompanhados por um aplicativo da empresa.

As promessas eram altas. Conforme um e-mail enviado pela empresa a uma das vítimas, acessado pelo E-Investidor, um aporte de R$ 10 mil em um fundo de renda fixa daria um retorno de R$ 11,8 mil em seis meses, o equivalente a 18% de rentabilidade acumulada.

Segundo narraram fontes ao veículo, a aplicação chegou a funcionar por um tempo, mas, ao final de 2022, a Plan B parou de pagar o rendimento. Depois, a empresa passou a enviar comunicados informando que não seria possível devolver os valores investidos.


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