A Cogna (COGN3) retornou ao mercado de debêntures para captar R$ 500 milhões. A empresa de educação pretende usar os recursos para reforçar o caixa e alongar outras dívidas.
A notícia foi bem recebida pelo mercado. Por volta das 14h50 (horário de Brasília), as ações da Cogna (COGN3) operavam em alta de 3,03%, sendo negociadas a R$ 1,36.
Outras duas captações já foram realizadas pela empresa. Em maio, a companhia levantou R$ 1,1 bilhão, e, em julho, outros R$ 200 milhões.
Na oferta atual, os papéis terão prazo de cinco anos. A remuneração ainda não foi definida, mas a organização pretende pagar, no máximo, CDI (Certificado de Depósito Interbancário) mais 1,6% ao ano — em linha com a emissão anterior com o mesmo perfil.
Pelo cronograma, as taxas serão definidas no dia 9 de dezembro. Segundo o Valor Econômico, a liquidação deve ocorrer no dia 11 do mesmo mês.
A oferta está sendo coordenada pelo Bradesco BBI.
Cogna (COGN3) reduz prejuízo líquido em 71,6%
A Cogna (COGN3) reduziu em 71,6% seu prejuízo líquido no terceiro trimestre, para R$ 29 milhões. Em números ajustados, a empresa teve lucro de R$ 32 milhões. O negócio que mais rendeu bons resultados foi a Kroton. Para 2025, a companhia projeta voltar a distribuir dividendos.
A Kroton, que representa 65% do negócio da Cogna, teve um crescimento de receita de 13,3%, com aumento de captações.
A expectativa da Cogna é de fechar o ano com lucro líquido, disse o CEO da companhia, Roberto Valério, à “Exame”. Segundo ele, a empresa deve continuar focada em seus próprios negócios e não realizar grandes M&As, priorizando pequenas fusões e aquisições.
A receita da Cogna ficou estável, em R$ 1,3 bilhão. Houve queda de 1,4% nas vendas da Vasta e de 28,6% na Saber, devido a congelamentos das compras do governo em período eleitoral.