O JPMorgan elevou a recomendação para as ações da Cogna (COGN3) de venda para neutra graças à virada da Kroton que retomou o crescimento de sua receita no segundo semestre de 2022 e deve continuar expansão em 2023, enquanto o ciclo de recebíveis foi normalizado.
Após 16 meses seguidos em queda, a Kroton, grupo que pertence a Cogna, voltou com um crescimento acelerado de de 12% na base anual, versus crescimento orgânico de 4% para Yduqs (YDUQ3), 5% para Anima (ANIM3), 13% para Ser (SEER3) e 17% para Afya. A JPMorgan espera que a companhia cresça mais 6% neste ano com impulso do ensino a distância.
Os dias de recebíveis caíram consideravelmente considerando o quarto trimestre de 2019, quando registrou um pico de 139 dias e em 2020 que esse pico caiu para 46, sendo que a Afya tem 71, Ser 72, Yduqs 82, e Anima 85. Kroton fica entre os mais baixos do setor.
Ainda que alavancada, a empresa tem caixa suficiente para pagar todos os vencimentos da dívida de 2023, reduzindo a pressão para rolar a dívida. A Cogna tem R$ 2,6 bilhões em caixa (dados do quarto trimestre, mais R$ 500 milhões emitidos em janeiro de 2023) em mãos, o que é suficiente para compensar os R$ 2,2 bilhões de vencimentos em 2023.
Cogna (COGN3) tem lucro de R$ 76 mi no 4T22 e reverte prejuízo
A Cogna (COGN3), maior grupo educacional do país, registrou um lucro líquido ajustado de R$ 76,1 milhões no quarto trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 65,5 milhões no mesmo período de 2021.
No acumulado de 2022, o balanço da Cogna mostrou prejuízo de R$ 52,6 milhões, representando uma baixa de 48% ante o ano de 2021.O Ebitda mostrou alta de 13%, para atuais R$ 471,5 milhões. No ano inteiro, o Ebitda foi de R$ 1,46 bilhão, 13,2% a mais que 2021.