Com balanços e tensão política, Ibovespa fecha em pior patamar desde maio

O dólar comercial subiu 0,67% a R$ 5,25

Mais uma vez distante do exterior, o Ibovespa encerrou em queda nesta quinta-feira (12) devido a aos balanços divulgados na véspera e desdobramentos na reforma do Imposto de Renda. O índice, que caiu a 1,11% a 120.700, registrou hoje seu pior nível de fechamento desde 12 de maio. 

Em meio a temporada de resultados, os papéis da Ultrapar (UGPA3) desabaram 12,3% após um a empresa informar um prejuízo líquido de R$ 18,2 milhões no segundo trimestre. No mesmo período do ano passado, a companhia havia obtido lucro líquido de R$ 50 milhões. O mercado ficou insatisfeito com as operações dos postos Ipiranga. 

As ações da Minerva (BEEF3) reverteram a alta de 14,65% no pregão de ontem e fecharam com desvalorização de 11,3%. A queda foi puxada após o frigorífico ter negado rumores de que realizariam um fechamento de capital.

Também entre as corporações, a B3 (B3SA3) contribuiu para o saldo negativo da sessão com revisão do risco de uma contingência legal de remota para possível.

No radar político, os investidores seguem atentos ao que acontece na Câmara dos Deputados, em uma semana de votações. Para hoje é esperado uma provável votação sobre a proposta da reforma do Imposto de Renda, após o texto-base da reforma eleitoral ter sido aprovado no dia anterior. 

A votação do projeto de reforma do IR deveria acontecer ontem, porém foi adiada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Ainda nesse cenário, o Senado recebe na CPI da Pandemia o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).

Entre os indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou um aumento de 1,7% no setor de serviços de maio para junho – o maior patamar desde maio de 2016. Analistas consultados pela Refinitiv projetavam avanço de 0,2%.

Nos EUA, preços ao produtor elevaram mais do que o aguardado em junho, o que indica possibilidade da inflação permanecer aquecida. 

Bolsa

O Ibovespa caiu 1,11%, a 120.700 pontos com volume financeiro negociado de R$ 33,292 bilhões.

Dólar

O dólar comercial subiu 0,67% a R$ 5,256 na compra e a R$ 5,256 na venda.

Ibovespa pela tarde 

Às 16h22 (horário de Brasília), o índice recuava 0,97%, a 120.867. O dólar comercial subia 0,55% a R$ 5,25.

Às 15h00 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa registrava baixa  de 0,83%, a 121.047. O dólar comercial avançava 0,28% a R$ 5,23.

Índice ao meio-dia

Às 11h52 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,95%, a 120.902 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,50% a R$ 5,25.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h14 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,65%, a 121.263 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,43% a R$ 5,24.

Nesta quinta-feira (12), o Ibovespa opera em queda diante das dúvidas fiscais e políticas, apesar do cenário internacional positivo. Investidores estão atentos a temporada de resultados.

A atenção do mercado também está voltada para a votação sobre a proposta da reforma do imposto de Renda (IR), após a aprovação do texto-base da reforma eleitoral nesta quarta (11). A medida próvisória da reforma trabalhista segue entre os destaques do dia.

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou próximo a estabilidade na quarta-feira (11), revertendo a queda de 1% mantida durante o pregão, com investidores atentos à divulgação de resultados trimestrais e a reforma tributária.

No radar do mercado, atenção para uma possível votação na proposta de reforma do Imposto de Renda (IR).

Na manhã desta quinta-feira (12) a CPI da Covid irá ouvir o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Na sessão, os índices futuros norte-americanos operam sem direção definida. Na véspera, o Departamento de Empregos dos Estados Unidos informou que o índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 5,4% em julho, se comparado com um ano antes.

O núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentação e energia, do país subiu 4,3% no período, seguindo a mesma base comparativa. Os resultados foram considerados por analistas como sinais de uma inflação controlada.

Os receios em relação a pandemia da Covid-19 contribuíram para que as bolsas europeias operassem sem direção definida nesta manhã, mesmo com os números positivos da inflação nos EUA.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na quarta-feira, que o número de infecções por Covid-19 registrados em todo o mundo pode ultrapassar a marca de 300 milhões no início do próximo ano, se a pandemia continuar avançando no ritmo atual, como informou o Infomoney.

O PIB relativo a junho do Reino Unido foi divulgado, ele cresceu 1% acima da expectativa e ainda sim ficou 2,2% abaixo do nível pré-pandemia.

A maior parte das bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quinta-feira, mesmo com os dados otimistas da inflação nos EUA. Na véspera, o Ministro da Saúde da Coreia do Sul, Kwon Dwok-cheol, anunciou que o país registrou 2.200 novos caso de infecção por Covid em um intervalo de 24 horas, de acordo com informações da Reuters.
 
Confira os principais índices às 7h31:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,20%]
S&P/A SX 200 [+0,05%]
Hang Seng [-0,53%]
Shanghai [-0,22%]
 
EUROPA
DAX [+0,42%]
FTSE 100 [-0,09%]
CAC 40 [+0,22%]
SMI [+0,43%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [+0,11%]
S&P 500 [+0,05%]
Nasdaq [+0,04%]
US 2000 [+0,24%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,03%] US$ 1.752,75
Prata [-0,43%] US$ 23,387
Cobre [+0,81%] US$ 4,4028
Petróleo WTI [-0,19%] US$ 69,12
Petróleo Brent [-0,07%] US$ 71,39

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