Com recuperação global, Ibovespa encerra em alta puxado por balanços; dólar cai a R$ 5,23

O Ibovespa encerrou em alta nesta terça-feira (20) impulsionado pela recuperação do mercado global e, principalmente, de Wall Street. Os temores com o avanço da nova variante Delta da Covid-19 aqui no Brasil foram ofuscados pelo início da temporada de balanços do segundo trimestre e pela sessão positiva para Petrobras e empresas do setor frigorífico.

A respeito da pandemia, o número de pessoas infectadas com a nova cepa do vírus cresce a passos largos nos Estados Unidos, com destaque para casos entre a população não vacinada. O país teve em média 26 mil novos casos por dia nos últimos sete dias, mais do que o dobro dos registrados há um mês, relatou o governo. 

Entretanto, apesar do sell-off registrado ontem no exterior, as bolsas americanas conseguiram se recuperar do baque nesse pregão. O Dow Jones fechou com ganhos de 1,62%, a 34.511 pontos, o S&P 500 teve alta de 1,52%, a 4.323 pontos, e o Nasdaq Composite subiu 1,57%, a 14.498 pontos. 

No cenário interno, a atenção dos investidores está voltada ao início da temporada de resultados, com dados da Neoenergia e de produção da Vale no radar.

Já no mercado, a recuperação parcial do preço do petróleo impulsionou as ações da Petrobras (PETR3, PETR4) para avanço de 1,3%. Além disso, as empresas de proteína também fecharam no positivo, com JBS (JBSS3) marcando alta de 6,69%, Marfrig (MRFG3) com alta de 4,24% e BRF (BRFS3) subindo 1,71%.

Na política, repercute a discussão sobre o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, cujo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu vetar. O aumento do fundo foi aprovado na última quinta-feira pelo Congresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022.

Bolsa

O Ibovespa teve alta de 0,81%, a 125.401 pontos com volume financeiro negociado de R$ 24,881 bilhões.

Dólar

Enquanto isso, o dólar comercial caiu 0,37% a R$ 5,231 na compra e a R$ 5,231 na venda. 

Ibovespa pela tarde

Às 15h23 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa avançava 0,67%, a 125.225 pontos. O dólar comercial reduzia 0,61% a R$ 5,22.

Índcie ao meio-dia

Às 12h29 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 0,16%, a 124.591 pontos. O dólar comercial operava em queda de 0,30% a R$ 5,23.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,53%, a 123.739 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,61% a R$ 5,28.

Nesta terça-feira (20), o Ibovespa opera em queda com influência dos temores sobre o riscos da propagação da variante delta do coronavírus, que pode impactar na recuperação da economia global (veja mais aqui). 

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em queda na segunda-feira (19) e chegou ao seu menor patamar desde 27 de maio. O índice foi puxado pela baixa do petróleo e do minério de ferro no exterior, que seguia as bolsas norte-americanas. Além disso, o avanço de casos globais da Covid-19 por conta da variante Delta tem preocupado os investidores.

Ainda no Brasil, o mercado se atenta ao início da temporada de resultados trimestrais, com dados da Neoenergia em destaque. Além disso, os números de produção da Vale devem ser repercutidos. No radar político, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende vetar o aumento do fundo eleitoral.

Após sessão agitada para os índices internacionais, em meio a temores sobre a variante Delta, as principais bolsas mundiais seguem mais amenas nesta terça-feira (20), mas ainda cautelosas.
Os índices futuros norte-americanos e as bolsas europeias têm alta na sessão desta manhã.

Na véspera, as principais bolsas dos EUA caíram consideravelmente, o Dow recuou mais de 700 pontos, sendo seu pior desempenho desde outubro. O temor referente a uma nova onda da crise sanitária, somado a pressões inflacionárias, levam os mercados a cogitarem um cenário de estagflação (aumento de desemprego somado a inflação).

Novos casos de infecções por Covid-19 voltaram a aparecer entre não vacinados na região. Com isso, empresas ligadas à reabertura da economia sentiram as perdas. As operadoras Carnival e Norwegian Cruise Line caíram mais de 5%. Os setores cíclicos da economia, de finanças e energia, também foram afetados.

Após um pregão permeado por receios, as bolsas europeias apresentam altas, em sua maioria, nesta sessão. O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, avança 0,57%, com o setor de recursos básicos liderando os ganhos.

Já na Ásia, as principais bolsas recuam, seguindo o fraco desempenho das bolsas dos EUA na véspera. Vários pontos da região têm passado por insurgência de infecções por Covid.

O banco Goldman Sachs reduziu suas previsões de crescimento em 2021 para grande parte das economias do continente.

A China permaneceu com sua taxa referencial de empréstimo para famílias e empresas, correspondendo a estimativa de analistas ouvidos pela Reuters.

O preço do Bitcoin também foi afetado pela instabilidade. Segundo o Infomoney, a criptomoeda recuou a um valor superior a US$ 30 mil pela primeira vez em quase um mês.
 
Confira os principais índices às 7h5:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,96%]
S&P/A SX 200 [-0,46%]
Hang Seng [-0,89%]
Shanghai [-0,07%]
 
EUROPA
DAX [+0,33%]
FTSE 100 [+0,46%]
CAC 40 [+0,69%]
SMI [+0,60%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [+0,58%]
S&P 500 [+0,51%]
Nasdaq [+0,51%]
Russell 2000 [+0,60%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,44%] US$ 1.816,95
Prata [+0,20%] US$ 25,195
Cobre [+0,79%] US$ 4,2350
Petróleo Brent [+0,28%] US$ 68,82%
Petróleo WTI [+0,39%] US$ 66,61

 

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