Commodities: BofA prefere siderúrgicas a mineradoras

Analistas ressaltam que as políticas de restrição da produção de aço na China devem continuar, prejudicando as mineradoras

Os analistas do Bank of America (BofA) afirmaram preferir ações do setor siderúrgico do que as mineradoras, em relatório sobre empresas de commodities enviado nesta quarta-feira (19). Eles destacam que a política da China de restringir a produção de aço bruto deve persistir, além de uma provável exportação de aço mais fraca, o que prejudica as mineradoras.

Porém, os analistas ressaltam que o pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão dos EUA e a manutenção das tarifas da Seção 232, tarifas sobre as importações de aço e alumínio, devem impulsionar a demanda por aço na América do Norte e preservar a alta lucratividade. Além disso, o mercado parece precificar uma correção de mais de 30% nos preços do aço no Brasil até 2022, o que parece exagerado na visão do BofA.

O BofA tem recomendação de compra para Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3).  Os analistas do banco elevaram a recomendação da Gerdau de neutra para compra e o preço-alvo foi de R$ 38 para R$ 48, potencial de alta de 67,8% ante ao fechamento de terça-feira (18). Enquanto o preço-alvo da CSN subiu de R$ 37 para R$ 45, o que representa uma valorização de 74,4%.

Já a classificação para Vale (VALE3) é neutra, com preço-alvo de R$ 96, crescimento de 11,2%.

Segundo os analistas, embora a Vale ofereça retornos de caixa atraentes por meio de programas de recompra de ações e política de dividendos com um bom rendimento de proventos, as ações carregam uma alta correlação com os preços do minério, que vem caindo nos próximos dois anos.
 

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