O preço das matérias-primas com influência sobre a inflação registrou uma contração de 0,85% em maio, após um crescimento de 5,86% em abril, de acordo com o IC-Br (Índice de Commodities Brasil). Os dados foram divulgados pelo BC (Banco Central).
Em 12 meses, segundo o BC, o índice reportou uma alta de 12,23%. O IC-Br é composto com base nos preços das commodities agrícolas, energéticas e metálicas convertidas para reais. O CRB (Commodity Research Bureau), seu equivalente internacional, recuou 0,13% em maio e cresceu 3,35% em 12 meses.
Entre os três subgrupos que constituem o IC-Br, o de commodities agropecuárias teve um recuo de 2,03% em maio e de 9,47% em 12 meses.
O preço das commodities metálicas, por sua vez, registrou alta de 5,57% em maio e fechou os 12 meses com crescimento de 22,81%.
Já as commodities energéticas cederam 2,39% em maio e, conforme apontado pelo “Valor”, em 12 meses a alta foi de 12,43%.
Banco Central perde R$ 7,732 bilhões em swaps em maio
Segundo dados do BC (Banco Central) divulgados nesta quarta-feira (5), o mês de maio registrou perdas de R$ 7,732 bilhões nas operações de swaps.
Em momentos em que o câmbio está muito volátil, o BC oferece os contratos de swaps ao mercado como uma forma de proteção, porém não visa gerar ganhos.
Nos termos do contrato, quando o dólar está valorizado frente ao real o BC perde, quando o contrário ocorre a instituição ganha, de acordo com o “Valor”.
Enquanto isso, o valor cotado em reais das reservas internacionais, resultantes da variação cambial, tiveram aumento de R$ 29,650 bilhões no mês de maio.
BC: economistas veem inflação próxima de 4% em 2025
Após uma reunião entre economistas do mercado financeiro com o diretor de Política Econômica do BC (Banco Central), Diogo Guillen, as expectativas para a inflação em 2025 foram alteradas. A maioria dos participantes acredita que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve ficar entre 3,8% a 4,0%, de acordo com apuração do Broadcast.
Para esse grupo, a piora no cenário externo deve ser uma pressão aos preços no Brasil, através do câmbio e das commodities.
Enquanto isso, a minoria dos economistas que estiveram o diretor do BC veem a chance da inflação encerrar o ano de 2025 em 3,5%, por conta do alto nível em que a Selic (taxa básica de juros) deve seguir.