O sócio-fundador e gestor do núcleo de agronegócio da Riza, Paulo Mesquita, trouxe suas projeções em relação ao próximo ano para as commodities. Segundo ele, “o cenário da safra que vem já está bem precificado, porque as margens não estão ruins, já que o custo de produção também caiu bastante”.
Por outro lado, o gestor pontuou que quem está “muito alavancado em reais vai sofrer”. Mesmo com o bom cenário para as commodities e a margem positiva, Mesquita destacou que o absoluto equivalente que vai sobrar por hectare não é tão positivo assim.
“Então será um ano ‘meio de lado’ na expectativa. A safra 2024/2025 será uma safra pior porque os custos estavam muito altos e as commodities caíram, então a margem estava bastante baixa e, em alguns casos, até negativa”, pontuou o especialista.
“Para crédito, não será um ano de expansão, será um ano de ‘crédito de lado’, um ano de atenção, para acompanhar de perto e muito próximo do produtor ou da revenda, se a pessoa financia”, completou.
Cenário atual das commodities é de ciclo baixo, diz gestor
“É um cenário de ciclo baixo, mas nós já passamos por mais de 10 [desses ciclos] desde que trabalhamos com commodities, agroindústria e afins. Temos que escolher bem a empresa; nós fazemos esse trabalho de ‘depuração’, estamos próximos, fazemos esse acompanhamento”, disse Mesquita.
Assim, ele pontuou que dificilmente a Riza terá uma “surpresa” na carteira, pois o modelo de negócio da casa implica em acompanhar seus ativos e o produtor. “Estamos acompanhando e sabemos em que momento está quem tomou os recursos conosco. Então é uma questão de ter proximidade, acompanhar o campo, saber o que está acontecendo.”
“Quem toma as operações junto ao fundo são produtores com quem trabalhamos há mais de 10 anos e são produtores que já passaram mais de 40 anos produzindo. Eles já passaram por esse tipo de ciclo diversas vezes, então têm uma produção robusta, têm garantia e sabem controlar a alavancagem”, concluiu.