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Energia: como cortes na geração afetam preços do mercado livre

As perdas dos agentes somaram R$ 1,7 bilhão nos últimos 15 meses, segundo estimativas da Abeeólica e da Absolar

Energia / Foto: CanvaPro
Energia / Foto: CanvaPro

Os cortes de geração vão afetar os preços praticados no mercado livre de energia, pois os empreendedores devem começar a embutir os riscos nos contratos.

As perdas dos agentes somaram R$ 1,7 bilhão nos últimos 15 meses, segundo estimativas da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) e da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Conhecido como curtailment, o tema é um dos mais discutidos no setor elétrico, especialmente para as usinas solares e eólicas. Os cortes se intensificaram após o apagão ocorrido em agosto de 2023.

Os principais motivos dos cortes são o excesso de geração dessas fontes e o congestionamento das linhas de transmissão.

A CEO e fundadora da consultoria FSTE, Fabíola Sena, acredita que o cenário deve gerar flutuações de preço em acordos futuros.

“Não deve haver mudança de preços em contratos existentes. Já os novos contratos podem vir com preços mais elevados, pois os geradores tenderiam a refletir esse prêmio de risco nos preços contratuais”, afirmou a executiva, conforme noticiado pelo “InfoMoney”.

Ibovespa acumula queda, guiado por bancos e setor de energia

Nos últimos dois meses, o Ibovespa acumula uma queda de 4%, com os setores financeiro e de energia, além da Petrobras (PETR4), impulsionando esse movimento. “Todos tiveram desempenho muito ruim, devolvendo boa parte dos ganhos recentes”, comentou Bruno Corano, economista da Corano Capital.

O IEE (Índice de Energia Elétrica) acumula queda de 6,33% nos últimos dois meses, enquanto os principais bancos do Ibovespa seguem na mesma direção.

Itaú (ITUB4) acumula queda de 3,19%, o Bradesco (BBDC4) apresenta uma contração de 5,60%, a BB Seguridade (BBSE3) registra queda de 6,45%, o BTG Pactual (BPAC11) apresenta variação negativa de 7,87%, e a Caixa Seguridade (CXSE3) recua 11,44%.

Além disso, Mário Mariante, analista-chefe da Planner Investimentos, ressalta que o Ibovespa é altamente influenciado pelo comportamento de investidores estrangeiros. A afirmação se baseia no fato desses investidores responderem à cerca de 50% do volume médio diário da B3 (B3SA3).

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