Os preços do minério de ferro encerraram a segunda-feira com recuo de 0,3%, a US$ 108,80 a tonelada, no norte da China, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights.
Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em maio, avançaram 0,3%, para 842 yuan (cerca de US$ 116,90) por tonelada.
O movimento acontece após os contratos futuros marcarem o maior ganho semanal desde setembro, em meio à melhora do sentimento entre os investidores.
A expectativa de aquecimento da demanda, com mais siderúrgicas chinesas indicando que devem elevar as taxas de operação, reduziu o pessimismo no mercado da commodity.
O minério de ferro acumula, com esse resultado, queda de 7,1% em março no mercado à vista. No ano, as perdas superam 22%.
Citi (CTGP34) reduz projeção da commodity
O Citi (CTGP34) diminuiu a projeção do minério de ferro no próximo trimestre, indo de US$ 130 para US$ 120 a tonelada. Em 2024, o minério deve fechar próximo aos US$ 116 a tonelada.
Segundo o banco, os preços devem ficar instáveis, devido à desvalorização de cerca de 25% no ano. Uma consequência da falta de incentivo do governo chinês para o setor imobiliário.
Contudo, os baixos estoques da commodity devem manter os preços altos. O risco de avanço é uma possível recuperação acelerada na economia da China, fazendo, consequentemente, o minério chegar ao patamar de US$ 130 a tonelada.
Vale (VALE3): ações recuam puxadas pelo minério de ferro
As ações da Vale (VALE3) iniciam a semana em queda e aparecem entre as piores da bolsa na manhã desta segunda-feira (11).
Um dos principais motivos da companhia ter iniciado a semana entre as maiores perdas do Ibovespa é a baixa do minério de ferro na China. O recuo nesta segunda (11) foi de 7,1% – a US$108,40 a tonelada.
O preço é o menor para o mercado à vista em sete meses. Desde o pico no mês de janeiro, o minério de ferro já caiu cerca de um quarto, pressionado pelo setor imobiliário e atividade manufatureira.