
A Opep + decidiu pelo pequeno aumento de 137 mil barris de petróleo por dia para o mês de dezembro. O número, contudo, será congelado pelos próximos três meses. Informações da Reuters, via Valor Econômico.
A reunião ocorreu em um cenário de crescente pressão sobre a Rússia, que é uma das líderes do grupo, desde que os EUA impuseram sanções sobre suas duas maiores petroleiras no mês passado, fazendo o preço dos barris disparar. Um dos delegados disse à Bloomberg que o impacto total da medida ainda não foi contabilizado pela Opep+.
Os oito países estão tentando equilibrar a necessidade de conquistar novos mercados com o surgimento de sinais de excesso de produção, disse a Bloomberg.
Opep e Opep+: entenda a diferença
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é formada por 12 países: Irã, Iraque, Kwait, Arábia Saudita, Venezuela, Líbia, Emirados Árabes, Argélia, Nigéria, Gabão, Guiné Equatorial e Congo.
Já a Opep+ é uma expansão com outros dez países que existe desde 2016, entre eles Rússia, México e Cazaquistão. Segundo a Reuters o grupo expandido era responsável por cerca de 41% da produção mundial de petróleo em 2024. O grupo original respondia por cerca de 30% do total.
Relembre: preços podem subir após decisão da Opep+ sobre aumento de produção
Os preços do petróleo podem registrar alta de até US$ 1 por barril nas negociações de segunda-feira (6 de outubro), após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) anunciar que aumentará a produção em 137 mil barris por dia (bpd) a partir de novembro.
A projeção é de Scott Shelton, analista do TP ICAP Group, que avalia o reajuste como modesto, principalmente após as recentes quedas nas cotações internacionais — o Brent recuou 8,1% e o WTI, 7,4%, na semana passada, em meio à expectativa pela decisão do grupo.
Atualmente, o preço do barril está abaixo dos picos de US$ 82 registrados em 2025, mas ainda se mantém acima dos US$ 60 observados em maio.