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Ouro fecha em forte queda com alívio nas tensões EUA x China

Na Comex, divisão de metais da Nymex, o contrato do ouro para junho caiu 3,66%, fechando a US$ 3.294,10 por onça-troy

Ouro/ Foto: Freepik
Ouro/ Foto: Freepik

Os preços do ouro despencaram nesta quarta-feira (23), caindo após o recorde histórico intradiário registrado na véspera, em meio a uma menor demanda por ativos de proteção. Para o Saxo Bank, os recentes comentários da administração norte-americana deixaram os traders mais à vontade para buscar retornos fora dos tradicionais portos seguros.

Na Comex, divisão de metais da Nymex, o contrato do ouro para junho caiu 3,66%, fechando a US$ 3.294,10 por onça-troy. Ao longo do dia, o metal chegou à máxima de US$ 3.396,00. Na terça-feira (22), o ouro havia cravado o recorde intradiário de US$ 3.509,90, mas fechou em leve queda.

Segundo o analista Razaqzada, da StoneX, a reversão da chamada “aposta contra os EUA” provocou uma disparada nos ativos de risco e uma forte correção no ouro, que chegou a tocar US$ 3.270,80 na mínima intradiária. Ainda assim, segundo o InfoMoney, os preços do metal acumulam alta de aproximadamente 8% em um mês.

O rali dos ativos de risco ganhou fôlego após o presidente dos EUA, Donald Trump, negar que pretende demitir o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, e sinalizar que pode reduzir — em alguns casos, pela metade — as tarifas impostas às importações chinesas.

No início da tarde, Trump voltou a afirmar que espera fechar um “acordo justo de comércio com a China”, pouco depois de o secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarar que há espaço para um “grande acordo” entre os dois países.

‘Guerra comercial’ faz investidores buscarem refúgio além do ouro

Com o avanço dos conflitos, ou da chamada “guerra comercial” envolvendo os EUA, muitos investidores têm buscado alternativas para se proteger. As aplicações mais comuns são em ouro, mas analistas apontam que há outros ativos que podem trazer esse “respiro”.

Dentre as opções que podem ser atrativas estão os títulos do Tesouro dos EUA de longo prazo, pois são considerados investimentos de baixo risco e oferecem proteção em períodos de incerteza econômica.

Nesse sentido, uma pesquisa do BofA (Bank of America) apontou que 8% dos gestores de fundos acreditam que esses títulos têm bom desempenho em meio a guerras comerciais.