
Petrobras (PTR4), Exxon, Chevron e CNPC arremataram 19 dos 47 blocos exploratórios de petróleo e gás ofertados pela Agência Nacional de Petróleo(ANP) na Bacia de Foz do Amazonas. o leilão foi realizado na terça-feira (16), por um bônus de assinatura total somado de R$ 844 milhões a ser arrecadado pelo governo.
O consórcio liderado pela Petrobras em parceria com a ExxonMobil arrematou cinco blocos na Foz do Amazonas, enquanto um outro, liderado pela companhia norte-americana, levou outros cinco. A Chevron, em parceria com a CNPC, adquiriu um consórcio de nove blocos.
A Petrobras espera há anos aguarda a aprovação do Ibama para operar na área. Diante desse cenário, alguns analistas tinham manifestados dúvidas se petroleiras fariam lances por áreas na Bacia da Foz do Amazonas. Contudo, um avanço da petroleira na última etapa do licenciamento, incluindo a possibilidade de um simulado contra vazamentos de petróleo em águas ultraprofundas do Amapá, elevou a atratividade do leilão, disse o MoneyTimes.
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a compra irá ampliar as oportunidades de produção de petróleo e melhorar o desenvolvimento regional. “É o bilhete premiado da região Norte para reduzir a pobreza. Não podemos continuar a perder oportunidades. Interesse das norte-americanas, Chevron e Exxon, que já operam na Guiana, demonstra que nosso potencial é gigantesco”, afirmou o ministro em nota.
Ele disse ter “certeza de que o Ibama vai agilizar os licenciamentos na Foz a partir da autorização da Petrobras”. No total, as petroleiras arremataram 34 dos 172 blocos exploratório ofertados pela ANP, que também negociou áreas nas bacias de Santos, Pelotas e Parecis.
O bônus de assinatura total que será arrecadado pelo governo com blocos arrematados em leilão somou R$ 989,26 milhões, sendo R$ 844 milhões com 19 áreas vendidas na Foz do Amazonas.
Petroleiras, incluindo Shell e Karoon, arremataram 11 de 54 blocos exploratórios ofertados na bacia de Santos, que responde atualmente por quase 80% da produção de petróleo do Brasil. O bônus por essa bacia soma R$ 133 milhões.
Na Bacia de Pelotas foram arrematados 3 de 34 blocos exploratórios de Petróleo, com bônus de assinatura de R$ 11,46
Polêmica com ambientalistas
O Greenpeace considerou “alarmante” que mais de 40% dos blocos ofertados na Bacia da Foz do Amazonas tenham sido arrematados.
“Ao assumir 10 blocos em consórcio com a ExxonMobil Brasil, a Petrobras se coloca como protagonista de um projeto político arriscado que está cavando um buraco na credibilidade ambiental do Brasil”, disse Mariana Andrade, a porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil, em nota.