Os preços do petróleo fecharam em forte alta nesta segunda-feira (9), após rebeldes sírios invadirem a capital, Damasco, e forçarem o presidente Bashar al-Assad a fugir.
“O aumento dos riscos de instabilidade política elevou as preocupações sobre potenciais interrupções na oferta de petróleo da região”, comentou Joseph Dahrie, analista da Tickmill, ao Valor, acrescentando que essa situação se reflete no aumento do prêmio de risco nos preços.
O petróleo tipo Brent — referência mundial — encerrou a sessão com alta de 1,43%, a US$ 72,14 por barril, enquanto o tipo WTI — referência norte-americana — registrou valorização de 1,74%, a US$ 68,37.
Segundo Dahrie, a intenção do governo chinês de afrouxar a política monetária e oferecer mais incentivos fiscais aos consumidores também pode sustentar a demanda por petróleo. Contudo, “o sentimento do mercado permanece de cautela”, o que limita o potencial de alta nos preços.
Empresas de petróleo e gás tem boas perspectivas para 2025, diz BTG
As empresas do setor de petróleo e gás natural da América Latina seguem com boas perspectivas para 2025, visto que os preços das commodities não devem mais cair substancialmente e as ações já precificam o cenário negativo, avaliou o BTG Pactual (BPAC11).
Em relatório, os analistas do BTG escreveram que as companhias do setor estão sendo pressionadas pela baixa demanda da China, bem como pelo aumento na produção em países, a exemplo dos EUA, o que leva os preços do petróleo e do gás para baixo.
No entanto, os profissionais liderados por Luiz Carvalho acreditam que os preços já estão próximos da margem estrutural de custo de produção, o que limita mais a desvalorização.
Além disso, eles também destacaram no relatório que pode haver um retorno de escassez dos produtos, pois há sinais de reversão na demanda.
No caso das companhias que produzem e exploram o petróleo e o gás, a preferência na América Latina é pela Petrobras (PETR4) e Prio (PRIO3), duas empresas com baixo custo de produção e geração de caixa robusta.