Gunvor e Trafigura

Petróleo: comerciantes globais veem preço entre US$ 60 e US$ 70

Os preços do petróleo estão sendo pressionados pelos receios com a redução da demanda nas principais economias, como China e EUA

Governo Petróleo / OPEP
Petróleo / Foto: Freepik

As tradings globais de commodities Gunvor e Trafigura veem que os preços do petróleo podem ficar entre US$ 60 e US$ 70 por barril devido à demanda mais lenta na China, além do persistente excesso de oferta global. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (9) por executivos das tradings durante uma conferência.

Os preços do petróleo estão sendo pressionados pelos receios com a redução da demanda nas principais economias, como China e EUA, mesmo com as expectativas anteriores de que a demanda de verão fosse positiva. A queda atual da commodity ocorre após os preços terem chegado a US$ 90 por barril no início de 2024.

O alívio no mercado veio depois que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) concordou, na semana passada, em adiar um aumento planejado da produção de petróleo para outubro e novembro. Por outro lado, os traders de commodities alertam que esse alívio pode ser bem curto.

Ben Luckock, chefe global de petróleo da Trafigura, declarou durante a conferência APPEC (Asia Pacific Petroleum) que os preços da commodity podem recuar “para a casa dos 60 dólares em algum momento relativamente próximo”. A informação foi obtida pelo “InfoMoney”.

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“O mercado quer saber (…) que a Opep não vai trazer esses barris de volta ou, na melhor das hipóteses, vai trazê-los de volta muito mais lentamente e em uma base diferida”, pontuou.

Petróleo: volatilidade aumenta defasagem de preço da gasolina 

Num cenário de volatilidade dos preços do petróleo, analistas apontaram que a defasagem da gasolina em relação ao Brent e à gasolina internacional está crescendo.

Como efeito das variações do petróleo, a defasagem do preço da gasolina segue aumentando, ou seja, o espaço para queda nos preços na refinaria também está crescendo.

Segundo especialistas, a conta de defasagem aponta para um espaço de 11% de contração para a gasolina, considerando a média dos últimos 15 dias. Com isso, na ponta, a defasagem da gasolina em relação ao Brent representa uma contração de 13%, e em relação à gasolina internacional, uma queda de 6,9%.