O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira (16), registrando a segunda semana consecutiva de ganhos com a diminuição das tensões comerciais entre EUA e China. No entanto, os preços seguem pressionados pelas expectativas de maior oferta por parte do Irã e da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados).
Os contratos futuros do petróleo Brent encerraram o dia com alta de 1,4%, a US$ 65,41 por barril, enquanto os contratos do petróleo WTI, dos EUA, subiram 1,4%, para US$ 62,49.
Na semana, os contratos de referência acumularam altas de 1% (Brent) e 2,4% (WTI).
Impacto das Expectativas no mercado
Na sessão anterior, os preços haviam recuado mais de 2% diante da perspectiva de um acordo nuclear com o Irã, que poderia levar à flexibilização das sanções e ao consequente retorno do petróleo iraniano ao mercado global.
“Os aumentos esperados na produção de petróleo da Opep+, juntamente com um acordo nuclear iraniano mais provável, fizeram ressurgir expectativas baixistas”, disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociação da BOK Financial, ao InfoMoney.
Chambriard: hora de apertar os cintos com petróleo em baixa
A Petrobras (PETR4) anunciou uma série de medidas para enfrentar o cenário de preços mais baixos do petróleo, mantendo o foco na reposição de reservas e no aumento da produção em campos de águas profundas. A CEO (presidente-executiva) da companhia, Magda Chambriard, afirmou que é hora de “apertar os cintos” diante do ambiente desafiador nesta terça-feira (13).
Durante uma teleconferência com analistas, Chambriard destacou que a estatal brasileira está priorizando projetos que aumentem o fluxo de caixa no curto prazo e reduzam os custos operacionais. Entre as iniciativas mencionadas, está a simplificação e revisão de projetos de engenharia, como a revitalização do campo de Albacora, na Bacia de Campos.
A executiva também destacou descobertas recentes, como no bloco de Aram, na região do pré-sal, onde a empresa considera antecipar o início da produção. Além disso, a Petrobras aguarda autorização para perfurar seu primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas, uma área offshore próxima à rica região petrolífera da Guiana.