A Acelen, braço do fundo árabe Mubadala no Brasil, informou nesta quinta-feira (22) que prejudicou o preço da gasolina comercializada na Refinaria de Mataripe, no estado da Bahia, em 5,1%, para R$ 3 por litro.
Além do corte no preço da gasolina comercializada na Refinaria de Mataripe, os preços do diesel S500 e S10 tiveram redução de 2,7%, para R$ 3,46 e R$ 3,56, respectivamente.
De acordo com a Acelen, os preços dos produtos produzidos em Mataripe seguem critérios de mercado, que determinam variáveis como custo do petróleo, frete e dólar, podendo variar para cima ou para baixo. A companhia reajusta os preços desses combustíveis semanalmente.
“A empresa ressalta que possui uma política de preços transparente, ampliada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado”, disse a empresa, de acordo com o “Suno”.
A queda nos preços dos combustíveis da Acelen acompanha a expressiva redução nos preços do petróleo no mercado internacional nos últimos dias.
Petrobras ‘dificultou vida’ do Mubadala sobre Refinaria de Mataripe
Com a aquisição da refinaria de Mataripe (BA) em 2021, o Mubadala se viu em uma situação muito complexa no mercado brasileiro. Aparentemente, após vender a refinaria, a Petrobras (PETR4) passou a pressionar o fundo para que ele devolvesse a refinaria.
A situação complexa envolvendo o Mubadala e a Petrobras (PETR4) se dá especialmente pelo fato de a refinaria possuir uma espécie de dependência da estatal.
Recentemente a notícia de que a estatal poderia recomprar a fatia total na refinaria de Mataripe veio a tona.
Mesmo após a venda, a refinaria se manteve cliente da estatal, que fornece óleo cru, o insumo básico. Além disso, a petroleira domina cerca de 80% da capacidade de refino do Brasil, determinando os preços do produto no mercado nacional.
Diante do contexto, em 2023, a Acelen, empresa que, até então, controla a produção em Mataripe, criada pelo Mubadala Capital, chegou a emitir uma nota que gerou receios.