Fortalecimento do tema

Senado institui FP em Defesa das Terras Raras

Uma das metas é articular um Plano Nacional de Terras Raras, sugerindo ao Poder Executivo a criação de um plano estratégico de curto.

Area de operação subterrânea da CBL, em Araxá (MG). (Foto: reprodução/O Fator)
Area de operação subterrânea da CBL, em Araxá (MG). (Foto: reprodução/O Fator)

O Senado Federal instituiu a Frente Parlamentar (FP) em Defesa das Terras Raras Brasileiras, que tem como uma das metas articular um Plano Nacional de Terras Raras, sugerindo ao Poder Executivo a criação de um plano estratégico de curto. Decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (2).

Além do Plano Nacional de Terras Raras, a frente parlamentar tem como objetivos o fortalecimento sobre o tema no Brasil, apoiar o desenvolvimento de politicas publicas para fortalecimento comercial e de pesquisas no tema, fortalecer a posição do Brasil no cenário internacional e garantir segurança jurídica e atratividade para investimentos.

Os minérios encontrados nas terras raras são essenciais para a produção baterias, ímãs, semicondutores, turbinas eólicas, painéis solares, entre outros.

Grande potencial, poucos recursos

O debate sobre Terras Raras ganhou recente destaque internacional com a guerra comercial entre China – país que domina a cadeia produtiva desses minérios – e EUA, quando os países traçaram acordos sobre o fornecimento desses produtos para os norte-americanos.

O Brasil é o segundo maior detentor de terras raras do mundo – responsável por cerca de 23% das reservas globais – atrás apenas da própria China. Contudo, o país ainda não tem tecnologia para refino e produção em escala industrial, o que torna o Brasil dependente da exportação de minério bruto.

As maiores concentrações de terras raras do país estão em complexos em Araxá (MG), Catalão e Minaçu (GO), Jacupiranga (SP) e Pititinga (AM). A mineradora brasileira Serra Verde é a única empresa a extrair terras raras de argilas iônicas fora da Ásia, mas seu foco é a exportação, principalmente para a China.

Sabendo que os EUA estão “de olho” em terras raras ao redor do mundo e buscando diminuir a dependência da China, Fernando Haddad (PT) comentou que minerais críticos e terras raras podem entrar na negociação contra o tarifaço dos EUA.