As vendas de aço plano por distribuidores brasileiros somaram 313,8 toneladas em junho, um recuo de 4,6% em comparação com o mês de maio; resultado contraria expectativa de alta de 4%. Dados foram divulgados pelo Inda (Instituto Nacional de Distribuidores de Aço) nesta quinta-feira (24).
Na comparação anual, houve um declínio de 7,3%, fazendo com que as vendas no acumulado do primeiro semestre somassem 1,93 milhão de toneladas, ficando no “zero a zero” ante os mesmo período de 2024, disse a Reuters, via Investing.com.
“Nós continuamos achando que podemos chegar a 1,5% (de crescimento no ano), mas esse número do primeiro semestre faz com que a gente se preocupe um pouco com essa nossa previsão”, afirmou o presidente-executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, em coletiva de imprensa.
No sexto mês do ano, as importações totalizaram 371,3 mil toneladas, uma queda de 11,2% em relação a maio, mas aumento de 75,8% em comparação com junho de 2024. Dos produtos acabados a China representou 55,1% das importações totais. Na sequência, aparece a Coreia do Sul, com 31,7%, e Egito, com 5,2%.
Loureiro também citou as taxas de juros elevadas e que estão aparecendo algumas dificuldades de crédito. “A gente está tendo que ter muito cuidado com alguns pedidos para clientes que você não conhece muito bem, porque já está havendo problema de crédito… também é uma das coisas que estão segurando um pouco a nossa venda.”
Para este mês de julho, a expectativa da entidade é que as vendas cresçam 5% ante junho, para 329,5 mil toneladas. A melhora deve decorrer de uma acomodação no mercado, enquanto, do ponto de vista macroeconômico o cenário é de “mais dificuldade”.
Ainda segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Inda, o setor terminou junho com estoques de 1,068 milhão de toneladas, declínio de 0,3% na base mensal e um crescimento de 14,9% sobre um ano antes. Esse volume equivale a 3,4 meses de comercialização, nível considerado elevado pela entidade.