Compras internacionais

Compras na Shein e Shopee ficam mais caras com aumento do IOF

A partir de agora, pagamentos efetuados com cartões de crédito, débito ou pré-pagos internacionais estão sujeitos a uma alíquota fixa

Fonte: Shutterstock
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O governo federal anunciou um reajuste na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para transações internacionais, afetando diretamente consumidores que realizam compras em plataformas como Shein, Shopee e AliExpress. A partir de agora, pagamentos efetuados com cartões de crédito, débito ou pré-pagos internacionais estão sujeitos a uma alíquota fixa de 3,5%, um aumento em relação aos 3,38% anteriormente praticados.    

Essa mudança interrompe o plano de redução gradual do IOF, estabelecido em 2022, que previa a eliminação total da alíquota até 2028. Com a nova medida, o Ministério da Fazenda estima arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas.  

Impacto do aumento do IOF

Além das compras online, outras operações financeiras também foram impactadas. A aquisição de moeda estrangeira em espécie, como dólares e euros, passou a ter uma alíquota de 3,5%, ante os 1,1% anteriores. Transferências internacionais para contas de investimento, que inicialmente teriam a alíquota elevada para 3,5%, permanecerão com a taxa de 1,1% após o governo recuar diante de críticas do mercado financeiro.  

Para os consumidores, especialmente aqueles que utilizam plataformas internacionais para compras de menor valor, o aumento do IOF representa um acréscimo no custo final dos produtos. Especialistas recomendam atenção redobrada às taxas aplicadas nas transações internacionais e consideram que o planejamento financeiro se torna ainda mais essencial diante das novas alíquotas.

As mudanças já estão em vigor desde sexta-feira, 23 de maio, e refletem o esforço do governo em aumentar a arrecadação fiscal, mesmo que isso implique em custos adicionais para os consumidores brasileiros que realizam compras no exterior. 

IOF: reação de internautas nas redes pesou no recuo da Fazenda

A reação contrária nas redes sociais ao anúncio de aumento nas alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pelo Ministério da Fazenda pesou na antecipação do anúncio de que parte do decreto seria revogado horas depois.

As aferições da Secretaria de Comunicação Social (Secom) apontaram rapidamente que o aumento do IOF estava tendo repercussão negativa não só entre agentes financeiros, mas também nas redes sociais.

Os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT) ; da Secom, Sidônio Palmeira; e de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, estavam reunidos no Palácio do Planalto quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ligou de São Paulo comunicando que recuaria do item que cobraria o imposto sobre remessas de fundos de investimento para o exterior — a taxa seria de 3,5%.