Agronegócio

Conab: produção de grãos deve cair 8% devido a problemas climáticos

Estatal projeta recuo nas produções de soja e milho, mas prevê aumento nas de algodão, arroz, feijão e trigo

IBGE Produção de soja
Produção de soja / Foto: Ouro Safra/Divulgação

A produção de grãos no Brasil, na safra 2023/24, deve somar 294,1 milhões de toneladas, uma queda de 8% comparado ao recorde do ciclo 2022/23, de 319,8 milhões de toneladas. A projeção é da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

A retração é reflexo de problemas climáticos, sobretudo nas regiões Centro-Oeste e no Matopiba (confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

O calor e chuvas irregulares prejudicam, principalmente, a produção de soja, que deve apresentar recuo de 5,2% em 2023/24, para 146,5 milhões de toneladas.

Em relação ao milho, a Conab projeta colheita de 85,6 milhões de toneladas, 16,4% menos que no ciclo passado. A queda, no entanto, também é decorrente de uma área plantada 8,2% menor, em razão desestímulo provocado pelos baixos preços do cereal.

Para a dupla preferida dos brasileiros – arroz e feijão – a estatal prevê aumento na produção. O arroz deverá alcançar 10,6 milhões de toneladas, 5,3% mais que em 2022/23, enquanto a de feijão tende a atingir 3,2 milhões de toneladas, alta de 5,8%.

No caso do algodão, a expectativa é de colheita de 3,6 milhões de toneladas de pluma, com aumento de 13,4%. Já para o trigo, que começará a ser plantado em alguns meses, a Conab espera aumento de 20,2% na produção, para 9,7 milhões de toneladas.

Em janeiro, a Conab já tinha revisto a estimativa para a safra de grãos de 2023/24 e apostado em 306,4 milhões de toneladas, queda de 13,5 milhões de toneladas em relação à safra passada (2022/23).

IBGE também reduz estimativa para colheita de grãos

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também reduziu as estimativas para a colheita de grãos na safra 2023/24.

Em relatório divulgado nessa quinta-feira (11), o volume total está em 298,3 milhões de toneladas, queda de 5,4%, ou 17,1 milhões de toneladas, ante 2023.

O número é 2,3 milhões de toneladas menor que o previsto em relatório publicado em março. Soja, milho e arroz deverão representar 91,6% da produção esperada.