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Confiança da construção tem ligeira queda de 0,1 ponto em novembro, diz FGV

Índice de Situação atual (ISA-CST) permaneceu em 94,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) passou caiu para 98,1 pontos

O Índice de Confiança da Construção (ICST) permaneceu praticamente estável em novembro, registrando uma variação de -0,1 ponto em relação a outubro, atingindo 96,2 pontos, conforme divulgado nesta segunda-feira (27) pelo FGV/Ibre. Na média móvel trimestral, o índice apresentou uma leve variação positiva de 0,1 ponto.

A coordenadora de projetos da construção do FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, destacou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) se estabilizou em um patamar de pessimismo moderado. Contudo, a relativa estabilidade do mês resultou de movimentos distintos entre os setores.

“Na infraestrutura, a melhora em relação ao momento corrente alavancou a confiança das empresas. Vale destacar o segmento de obras viárias, que chega ao final do ano confirmando o aquecimento da atividade. Por outro lado, entre as empresas do segmento de Edificações, a confiança piorou pelo terceiro mês consecutivo”, comentou em nota.

Desde janeiro, as expectativas tornaram-se menos pessimistas com o lançamento do novo Minha Casa Minha Vida (MCMV), embora o ambiente de negócios não tenha evoluído conforme o esperado, destacou Ana Maria. “A demanda insuficiente voltou a crescer entre os fatores que representam limitação aos negócios, revelando um descompasso entre as expectativas e o momento atual”, observou.

Neste mês, a estabilidade do ICST foi influenciada tanto pelas avaliações sobre o momento quanto pelas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação atual (ISA-CST) permaneceu em 94,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) passou para 98,1 pontos, variando -0,1 ponto.

Os dois indicadores que compõem o ISA-CST apresentaram movimentos opostos, porém, com a mesma magnitude: o indicador de situação atual dos negócios registrou uma queda de 0,5 ponto, alcançando 93,3 pontos; enquanto o indicador de volume de carteira de contratos aumentou 0,5 ponto, atingindo 95,9 pontos.

Os elementos do IE-CST apresentaram variações em direções opostas: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses aumentou 1,2 ponto, alcançando 100 pontos. Já o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses registrou uma queda de 1,5 ponto, atingindo 96,1 pontos.

Inflação da construção perde força em novembro e sobe 0,10%, diz FGV/Ibre

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou um aumento de 0,10% em novembro, indicando uma desaceleração leve em comparação ao aumento de 0,20% registrado no mês anterior, conforme divulgado nesta segunda-feira (27) pelo FGV/Ibre. No acumulado do ano, o INCC-M mostra um aumento de 3,05%, enquanto nos últimos 12 meses a variação atinge 3,33%.

Em comparação com novembro de 2022, quando o índice apresentou um aumento de 0,14% no mês, a situação atual demonstra uma leve variação. Na mesma época do ano anterior, o índice registrava um crescimento de 9,44% em 12 meses.

Conforme informações do FGV/Ibre, a taxa do índice relacionado a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou uma redução, passando de 0,14% em outubro para -0,12% em novembro. Por outro lado, o índice referente à Mão de Obra apresentou um aumento de 0,42% em novembro, comparado à variação de 0,29% no mês anterior, em outubro.

A taxa relacionada a Materiais e Equipamentos apresentou uma variação de -0,17% em novembro, indicando uma queda em comparação com os 0,07% registrados no mês anterior. Dentre os quatro subgrupos componentes, três demonstraram uma redução em suas taxas de variação, com destaque para “materiais para instalação”, cuja taxa passou de 0,12% para -1,24%.

A variação relacionada a Serviços desacelerou de 0,79% em outubro para 0,39% em novembro. Destaca-se dentro desse grupo o significativo recuo na taxa do item “aluguel de máquinas e equipamentos”, que passou de 1,47% para 0,32%.

A taxa de variação referente ao índice de Mão de Obra registrou um aumento em novembro, passando de 0,29% em outubro para 0,42%.