O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,2 ponto em maio, atingindo 98,0 pontos, conforme divulgado nesta terça-feira (28) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice registrou um aumento de 0,2 ponto, alcançando 97,1 pontos.
Em maio, a confiança aumentou em 8 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem da FGV. O resultado reflete uma melhora nas avaliações sobre a situação atual e relativa estabilidade nas expectativas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,2 pontos, atingindo 98,2 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve um aumento de 0,2 ponto, alcançando 98,0 pontos, o maior nível desde junho de 2022, quando registrou 99,5 pontos.
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Avanço da confiança da indústria
De acordo com o economista do FGV/Ibre, Stéfano Pacini, a confiança da indústria continua a avançar gradualmente, desta vez impulsionada por uma melhora na situação atual.
“A percepção sobre a demanda está melhorando gradualmente, e os empresários observam que o nível de estoques está se aproximando da normalidade”, afirmou Pacini em nota.
Pacini acrescenta que há uma perspectiva positiva em relação ao ambiente de negócios no segundo semestre. No entanto, o ímpeto sobre contratações nos próximos meses apresentou queda, após uma melhora recente.
Na análise dos segmentos, é possível observar a influência do desastre ambiental no Rio Grande do Sul. No entanto, os impactos ainda não são claros no nível geral da confiança, detalhou Pacini.
“O cenário macroeconômico de cortes na taxa de juros, e melhora nos indicadores de trabalho e renda, contribuem com a tendência de otimismo para os próximos meses na indústria”, comenta.
Principal fator para a alta
Entre os componentes do Índice de Situação Atual, o principal fator para a alta no mês foi o nível de estoques, que aumentou 4,6 pontos, alcançando 100,7 pontos.
A FGV esclarece que, quando esse indicador ultrapassa os 100 pontos, indica que a indústria está operando com estoques excessivos, ou acima do desejável.
Da mesma forma, o indicador que mede o nível de demanda subiu 2,5 pontos, chegando a 98,2 pontos, o melhor resultado desde setembro de 2022 (100,2 pontos). Em contraste, a avaliação da situação atual dos negócios caiu pelo terceiro mês consecutivo, agora em 0,8 ponto, atingindo 97,8 pontos.
Quanto às expectativas, houve um declínio no ímpeto de contratações, mas uma melhora nas perspectivas de produção e na tendência dos negócios nos próximos seis meses. Após três quedas consecutivas, o indicador que mede a produção nos próximos três meses subiu 4,6 pontos, atingindo 98,0 pontos.
A tendência dos negócios nos seis meses seguintes avançou em menor magnitude, subindo 0,7 ponto para 98,7, acumulando um aumento de 10,8 pontos desde agosto de 2023. Enquanto isso, o indicador que mede o ímpeto sobre as contratações recuou 4,7 pontos, atingindo 97,3 após três resultados positivos nos últimos meses.
