Mercado

Confiança do comércio cai pelo terceiro mês seguido em novembro

Indicador recuou 2,7 pontos em relação a outubro, para 86,5 pontos; apenas duas das seis principais atividades tiveram variação positiva

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) apresentou uma queda pelo terceiro mês consecutivo em novembro, diminuindo 2,7 pontos e atingindo 86,5 pontos, de acordo com informações da FGV/Ibre. Essa variação foi influenciada tanto pelas avaliações em relação ao momento atual quanto pelas perspectivas para os próximos meses. Em médias móveis trimestrais, também foi observada uma queda de 2,4 pontos.

De acordo com Geórgia Veloso, economista do FGV/Ibre, a variação da confiança, após o desconto dos fatores sazonais, mostra que, apesar da melhoria no ambiente macroeconômico e do início das vendas de fim de ano, o desempenho do comércio ficou abaixo do esperado para o período. Apenas duas das seis principais atividades apresentaram resultados positivos no mês.

“O enfraquecimento da demanda atual, somado às previsões pessimistas de redução nas vendas dos próximos meses, geram apreensão entre os comerciantes, que é agravada pela inversão da confiança dos consumidores nos últimos meses de 2023”, disse a Geórgia em nota.

Em novembro, o ICOM registrou a terceira queda consecutiva, afetando ambos os horizontes temporais. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) apresentou sua quinta variação negativa consecutiva, com uma redução de 2,8 pontos, atingindo 89,4 pontos, marcando o menor nível desde abril deste ano (87,4 pontos).

IGP-M acelera para 0,59% em novembro, abaixo do esperado

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou um aumento de 0,59% em novembro, em comparação com o aumento de 0,50% registrado em outubro, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (29). Com esse resultado, o índice acumula uma variação negativa de -3,89% no ano e uma queda de -3,46% nos últimos 12 meses.

No mês de novembro de 2022, o índice havia apresentado uma queda de 0,56%, no entanto, mantinha uma alta acumulada de 5,90% nos últimos 12 meses. O dado de outubro ficou abaixo do consenso Refinitv de analistas, que previam inflação de 0,60% no mês.

Conforme apontado por André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, foi registrado um aumento significativo nos preços das commodities que compõem o índice ao produtor. Com destaque nos aumentos nos preços do farelo de soja e do café em grão, juntamente com uma contribuição significativa do preço do óleo diesel.

Por sua vez, a inflação para o consumidor registrou um aumento, influenciada por fatores climáticos que tiveram um impacto adverso na oferta de alimentos frescos, especialmente a cebola e a batata-inglesa.

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