Mercado

Confiança do consumidor cai em janeiro, recuando 2,4 pontos, diz FGV

Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo quarto mês consecutivo, em 0,6 ponto, para 92,1 pontos;

Em janeiro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou nova queda, após uma leve recuperação em dezembro. O indicador, calculado pelo FGV/Ibre, registrou uma redução de 2,4 pontos no mês, atingindo 90,8 pontos e alcançando o menor nível desde maio de 2023. Considerando as médias móveis trimestrais, o índice declinou pelo quarto mês consecutivo, recuando 0,6 ponto e alcançando 92,1 pontos.

De acordo com a economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia o ICC manteve a tendência de desaceleração iniciada em setembro do ano passado. Ela atribuiu esse resultado à deterioração das perspectivas em relação à situação atual e às expectativas para os próximos meses, sendo um movimento generalizado em quase todas as faixas de renda, exceto para as pessoas de renda mais alta.

“ Apesar do controle da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, os juros e o endividamento elevados continuam a exercer pressão sobre a situação financeira e o consumo das famílias, contribuindo para a manutenção do indicador em patamar pessimista-moderado”, explicou em nota.

Cenário atual e expectativas

Em janeiro, a redução da confiança abrangeu tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) registrou uma queda pelo segundo mês consecutivo, dessa vez de 2,7 pontos, alcançando 77,6 pontos, o menor nível desde julho de 2023 (77,0 pontos). Da mesma forma, o Índice de Expectativas (IE) apresentou uma queda de 2,3 pontos, chegando a 100,2 pontos.

A diminuição da confiança abrange todas as faixas de renda, exceto para os consumidores de maior poder aquisitivo (com renda acima de R$ 9,6 mil), os quais foram influenciados por perspectivas positivas para os próximos meses.

As demais faixas de renda expressam pessimismo em relação às expectativas, sendo que a confiança das famílias de menor poder aquisitivo, com renda até R$ 2,1 mil, alcançou o menor nível desde abril de 2023.

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